sábado, 21 de agosto de 2010

Rendezvous

Te levarei até o trono do consumidor; te entregarei ao prazer sem escrúpulos e com os olhos fervendo à orgia plena comerei teu coração. Meu único alvo dentro desta paixão ofensiva (ofensiva pois fere ao meu ego te amar tanto assim a sangue frio) que te dedico é presentear-te ao meu devorador para que eu possa experimentar - nem que for por restos mortais - a tua carne ávida e suculenta.

Sei sim, tu inteiro não mereço. Hoje não. Só quando o Sol nascer de mim, não por mim; quando eu puder entronizar minha verdade com coroa de mentiras, te seduzir até enlaçar-te à Morte em meus braços.

Por enquanto, ENQUANTO...Te Esconderei de Mim através de um prazer furtado!

Esta semana te entregarei ao assaltador. Ele comerá teu âmago da mesma maneira tão avassaladora e sensual como fez comigo... Então terei as migalhas do teu ser ofegante, eu terei a parte de ti que se despedaça ( e quando o 'assassinio' cessar, carregarei a parte tu pulsante para junto de mim, cheio da culpa e malícia).

Meu amigo, te amo. Juro.

[...]
Incertezas: Maquinei, desejei e conclui. Um Plano.
A Realidade: estou bem aqui e estás ali, onde sinto teu ardor e apenas ele - não toco, não alcanço. Não é concreto; é fingimento.

Que estupidez clássica, concluir-me de fato quando o tempo e a verdade me usam de piada! A verdade adivinhada é a carcaça da desesperança, onde espero o nada cobrir-me e completar; a inventada torna possível e exato, finda a eternidade.

Há-meio-termo
?

Talves o-meio-termo seja aquilo que me (assuste)
aquilo que afasta a tua presença de mim e me deixa sozinho, num plano repleto do meu próprio ser, pronto a ser devorado pelos meus próprios mistérios. Talvez queira-te eu porque não quero deparar-me comigo

f
aminto
apetitos
o

Veja pois, é aquela velha historia se revesando em paixão fugaz e concupiscência angelical. Eu procurando fugir de. Entre as tuas coxas fugir de. Mas te quero, verdade. Quero atingir teu coração e teu afago* ( o que difere neste* é que prefiro começar pelas partes de baixo).

Por que?
Deus teu, por que?

Queria apenas lamber o suor do teu labor lascivo, retirado pelo mesmo fogo que verteu os comichões da minha virgem maria em cinzas; apenas tocar o que te explode o sêmen e continuar dançando até o amanhecer...

Mas insiste aquela coisa plasma em mim, em investigar a raiz de meu desejo oculto, não somente por simplesmente do

Do i t r a n s p i r a r.

Algo evapora. O que é? Meus poros estão repletos de. E eu fujo com temor de completar-me sem ele, sem você, comigo e meu celibato ao pudor.

O que alcanço me escapa: como um sonho realizado.

E se te alcançar? Cansei dos medos, mas se me soltar deles terei que criar nova dinâmica de vida. Liberto e vulnerável. Prefiro agarrar-me à fadiga de
ir
sendo
por
nada
seguro
quando
fim
deixa
fechado

Já estou fugindo do foco. É que me alcancei (!!!). E nu relembro:

Te comerei esta noite.
Antes - decidi - comerei a mim. Sem esse ritual inicial não poderei ter-te no colo ninando teu sexo e amando o aroma que... Espera, ainda não conclui o.

Assim, preparo meu fogo para consumir minha estupidez.

Fútil grandeza de ser o mau caminho... O fim te aguarda e teus passos sobre mim mudará para sempre o que sou. Preciso deles (os passos) maculando o orgulho, pisotei-me bitch, por favor. Com força e distração, ignorando-me e mesmo assim seguindo dependente desse caminho até cair no precipício que de maneira fatal abraça nosso destino final.

[ Isso continua, eu espero]

[espero uma noite de orgásmos]

[Rendezvous tonight]

Magia, Tesão e Poesia -Decifra me enquanto te devoro

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