quarta-feira, 23 de novembro de 2011

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

O Labirinto (parte VII ou uma possível saída)

Anjos retornam ao alto.
Siga os sonhos mais brandos, os tais altíssimos fora de mim. Vá, meu lindo. E te perguntarás: “o que foi isso?”.

(No fim nada haverá existido)
(o tempo e a eternidade)
(Diga a deus)

Celebremos o fim da noite.

Doces sonhos coloridos ao manto magenta e fogo. Algo sobre você e tuas profundas cicatrizes, algo sobre a maré que baila em tuas veias, amarga e fugaz. Doces sonhos... Assim eles te acalantam.

E o universo vibra lá fora, mesmo quando a solidão oculta o véu de santidade da vida. Vá, siga em frente: eles te adorarão.

Eu te amei. Te transgredi e amei. Pois bem, brilhe quando puder, seque as lágrimas, abrace. Se lembrares de meus olhos tristonhos, da última nota de nosso adeus (tudo foi, desde o inicio um adeus), sorrias à noite e siga. Ascenda, minha estrela!

Amei. Tu que passeou por esse labirinto solitário e beijou uns destroços de insanidade e brilho fajuto.

Agora vá. Prometa que brilhará para mim e vá... Entrego-te a saída, meu derradeiro fôlego de vida. Obrigado...

Light up!

sábado, 19 de novembro de 2011

O Labirinto (parte VI)


Perdoa? Perdoa minha ruína, esse caminho tortuoso e surreal que tenta ludibriar-te. Perdoa? É que eu preciso mentir para mim mesmo, fugir... Sou esse estranhamento sem lar, uma chuva só de angústia e ares de desencanto. Tudo o que edifiquei, tudo para o lado negro... Essa descida noturna não é minha, até o profundo... E se não me amares... Perdoa, meu lar é teu.


Guerreiros pelejam a restauração. Todos somos guerreiros da salvação! Fortes essa noite em nome do Amor.

Levante a voz, grite, quebra-me, escale meu maior monumento e grite: é sobre o amor! Corra, livra-te de mim, de meu amor. Siga o som infante à direita da clave de Sol, vire! Não, ali. Acima de ti, atrás do mundo, livre! Mata os flashes e será fácil.

Tivemos um o outro; lembra do caminho? Está lá, dois passos da tua fronte, corra. Que ainda esta noite serás feliz. Fora de mim.

Anjos caem: é de lá que vieste.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

O Labirinto (parte V)

Um segredo: há muito que emudeço em tua presença. Desde o primeiro instante que vislumbrei tua presença, desde o primeiro instante que vislumbrei tua face. E unicamente sou essa escura câmara confusa e espaço labiríntico vazio porque te amo; da primeira vez que vi tua face, essa tua linda face. (porque sempre depois do ápice da formosura, vêm a chuva baixa e o som do coração)


sexta-feira, 11 de novembro de 2011

O Labirinto (parte IV)


Sente-se completo? Seguro? Machucado? O momento é teu, o céu é teu, dou meu infinitivo segredo-ser ao teu corpo humano. Há de superar as dores, os medos. Encanto aos olhos azuis com coragem, de ser, Livre. Aqui em mim e hoje-ternamente estarei em ti. Pois então não diga nada, sorria às cicatrizes e creia: a luz é toda tua...


A flecha negra rebentou e agora demônios atraídos antes por seu sono e acalanto, vêm famintos. A árvore da vida renasce e tu estás nela num novo instante! És o rei! A benção e os caminhos são os teus próprios. Questiona-te, onde estou, onde sou? Tudo é meu? Tudo isso sou eu? É magia.

Perduram alguns muitos passos a serem dados nesse salão. O próximo descaminho é o meu favorito (chegamos onde eu te digo “estarei contigo”). Eu te acolho e tu paras com a procura do fim; meus laços são o teu lar, essas entranhas infindáveis. Eu te deixaria ir, dizer adeus e me deixar chorar... Mas eu te tive. A multidão se encanta com teu vôo. As asas se encantam e eu fujo com teu canto. Temo-nos livres! A Lua recresce com o jardim em mil perfumes e temo-nos um no vôo do outro. Livre! Livre! Em meu colo te protejo... Um passo eterno, ah, podia ser tão eterno. Está bem, eu estarei contigo. Te protejo em meu corpo e somos a mesma luminescência alva rósea pura. Vá, eu permito, vá com teu destino, eu quero te amar mesmo de longe (e tu retornas e me pegas no colo).

Deus está aqui. Ele e todos os santos. O meu deus e os meus santos cantarão conosco no coração desse jardim o que canta teu coração: Cry me a river.

É doce e lindo. A multidão acompanha e até poderia chorar: emoção entoa até o limite. Mas não, não... Deixa brilhar frescor e orvalhar em nossa pele morena. Cry me a river...

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

O Labirinto (parte III)

Nos verdes olhos de teu amado?

Ascende como príncipe e o azul mistura-se com a aquela aquarela de ilusão que não se finda. Te vejo através de teus olhos, te vejo no paraíso, nas estrelas, vivendo por toda essa triste devoção. Abrace o ventre, ore para o dançarino astral, creia... Príncipe, meu príncipe perdido.

Te beijo.

Amor no centro de tudo. Meu cativo, as raízes morrem, eu desmorono; sou a noite - nua - e você minha mística luna. Não posso... Não deveria: sou labirinto e me perdi em teu corpo! Mal posso respirar. Deixa-me sozinho? Procure meu fim, dia após dia, abandone-me.

Eu não posso respirar.

O azul é meu! Que devora todo o espaço, esse espírito ciano de dor. Príncipe, no centro, venha! Desfaça-me... E eu já não respiro sem ti. Pois é lindo...

Teus ombros, meus umbrais: eu Te possuo eu Te preciso, há tanto que preciso... Esse castelo jaz todo abandonado e vazio. Meu homem. Seguro teu peito, eu te prometo. Se te assustares, abraçar-te-ei com alvo gozo e continuará lindo...