tag:blogger.com,1999:blog-82937420454404402232024-03-19T01:25:18.189-07:00Decifra me enquanto te DevoroFil.http://www.blogger.com/profile/15389794061264749078noreply@blogger.comBlogger129125tag:blogger.com,1999:blog-8293742045440440223.post-24539344847360654882013-05-12T02:23:00.000-07:002013-05-11T22:32:38.445-07:00Teu alquimismo<div style="text-align: justify;">
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<![endif]--><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="font-size: x-small;"><i><span style="font-weight: normal;">"Deixa eu abrir o caminho... deixa caírem lentas as pétalas...</span></i></span></span></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="font-size: x-small;"><i><span style="font-weight: normal;">lentas por sobre o rígido caminho. Eu quero o abrir o caminho."</span></i></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="font-size: small;"><b><span style="font-size: small;">Pré<span style="font-size: small;"> face</span></span></b></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="font-size: small;">Você me transforma todo o tempo e
todo o tempo que eu tenho é teu. Só o tenho porque é teu. A verdade é que me
cinjo de paz e abraços por ti. Por dentro sou ainda e para sempre aquela
tormenta sináptica e embriagada. Eu fecho os olhos, calo minha sacralidade de
poeta desejando ser minúsculo dentro do teu amor. Eu me distancio de mim para
caber no infinito de ti, pacífico. Você me modifica e me transforma. </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="font-size: small;">Hoje eu abrirei os olhos e cantarei
enquanto meus pés pisam clareiras. O caminho é feito do que mais sou no fundo,
na raiz: dor tátil. Por cima meus carinhos e a beleza que é tua. Passa sobre
mim e recebe o horizonte; derrama tua aura soberana: você é a minha paz. </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><b><span style="font-size: small;">I. Nosso Início</span></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="font-size: small;">Cavalheiro do peito imaculado,
que passeia na névoa fria e dispersa, um instante vem e chama-me para dançar?
Cavalheiro dos olhos ígneos, dos olhos que velam duas almas numa só, um segundo
vem e beija-me o ombro? Cavalheiro... dá-me tua mão símile à minha, beija a
face e me leva aos altos? </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><b><span style="font-size: small;">II. E o que veio depois</span></b></span>
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="font-size: small;">Você me modifica e me transforma.
Visita minhas ruínas e enxerga castelo e faz castelo; perpassa a esterilidade
do meu solo e toca as flores mais lindas e elas existem por teu toque, lindas;
conta um conto e no ecôo do silêncio senil canto d’uma voz que é jovem e terna
e que te ama. Nuns olhos que fugiam os olhos, meus olhos só querem os teus e
quando já não posso mais ver, você me ascende e me guia e eu vejo e te cuido e
sou forte. </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="font-size: small;">Um momento que é só meu aperta o
meu peito, vai apertando porque encontra só vazio de um infinito arfar de ideias
e descrenças, e quer oprimir e tocar o limite de um limite que não existe, não
para!... Não para... Quando sou eu. Mas você vem ainda comigo nos teus passos e
eu deito meu espaço, então passas com a tua mão que eu adoro por sobre o meu
peito e me dá vida, me dá calor, me dá motivo e sou eu num momento que é nosso,
cheio do que não questiono... Apenas seguro e são as tuas mãos nas minhas. Você
é o meu novo modo de existir.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="font-size: small;">E surge a noite tão inevitável
quanto a morte que é minha mãe separando os teus beijos dos meus... Então eu não
sei - que divino malfadar é esse que te faz existir ainda mais forte? Parece
até que tenho coração, figurativamente. Só não está comigo. E já não faz
sentido abraçar travesseiros, quando estes outrora foram meus tão queridos. Na
clarividência da solidão noturna eu sou um terceiro: longe de ti, longe de
mim... E o terceiro ainda te <span style="font-size: small;">procura</span>!</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="font-size: small;">Mas, ah... onde mais me modificas
e me transforma... onde sinto <span style="font-size: small;">um </span>medo inédito e você entra por mim, caminha por mim e
vai embora... E fica. Ficaria para sempre? Pois o que sou, de todos eles, o
eleito primeiro é aquele que me dás todas as manhãs. E vai ficando dentro de
mim, não importa que ventos espalhem os mil sabores cá no fundo (você já sabe o
que tem no fundo). E o que no fundo você faz é me transformar: em tudo o que você
ama. Fica para sempre, no mínimo? É que pela primeira vez, cada dia, eu tenho
medo de morrer... De abraçar meu descanso (porque não é a morte que eu sempre
desejei. É a vida que eu raro aceito) e partir feito a noite, só que eterna, num
outro, um quarto, num novo estado... Sem você!... Sem você não pode haver...
Porque você me faz querer viver...</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="font-size: small;"><b>O Silêncio</b></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Também di<span style="font-size: small;">z "eu te amo".</span> </span></span></div>
Fil.http://www.blogger.com/profile/15389794061264749078noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8293742045440440223.post-63815350632969351262012-10-20T21:17:00.004-07:002012-10-20T21:17:59.462-07:00Constatei:<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Quem disse que é o amor próprio que mantém as pessoas vivas? Eu mesmo, se não possuisse três ou quatro pessoas a quem me fiz essencial, me mandaria daqui.</span>Fil.http://www.blogger.com/profile/15389794061264749078noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8293742045440440223.post-11539283831698248102012-07-10T20:43:00.000-07:002012-07-10T20:43:02.806-07:00Diálogo<br />
<br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif; font-size: small;">- Você já conheceu alguém irreparável?</span><br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif; font-size: small;">- Tem tudo, o céu forrado de estrelas tanto quanto beijos de amor...</span><br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif; font-size: small;">- ...Mas permanece transbordando pelas rachaduras.</span><br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif; font-size: small;">- É fonte de vida, a poesia escapa e escorre áurea.</span><br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif; font-size: small;">- Quem deixou que se quebrasse?</span><br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif; font-size: small;">- Quem fez, cuidou que houvesse já os sulcos e depressões. </span><br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif; font-size: small;">- Autêntico?</span><br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif; font-size: small;">- Fragmentação autêntica. Alguém muito humano.</span><br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif; font-size: small;">- Você já conheceu alguém reparável?</span>Fil.http://www.blogger.com/profile/15389794061264749078noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8293742045440440223.post-69537011478976913342012-06-23T20:55:00.000-07:002013-10-20T17:15:13.637-07:00À espera<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgjOzRoXiPP1VJ90QID2QIhR9VAwR05gH_kXz2HgZkIFR_K8F0MBJh8MH-lUXqsVrOCDPMS_scWSOUzAM2SVqwJoJWzMf9ypnRuwVC2AiGROTjO_AZkpTM-5G_b0C4qcpuTammQxkb_1QGv/s1600/alone.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="224" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgjOzRoXiPP1VJ90QID2QIhR9VAwR05gH_kXz2HgZkIFR_K8F0MBJh8MH-lUXqsVrOCDPMS_scWSOUzAM2SVqwJoJWzMf9ypnRuwVC2AiGROTjO_AZkpTM-5G_b0C4qcpuTammQxkb_1QGv/s320/alone.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif; text-align: justify;">
Esse tipo de descontrole poderia me deixar um pouco mais em paz. Ver que eu estou suficientemente virado para o canto do mundo, sem exigências, modestamente acocorado na vida. Esse descontrole ondular poderia perceber que não atoa dei as costas a tudo; ser um mínimo mais maduro e conter as suas traquinices, deixar-me tomando fôlego honestamente, soluçando dignamente. </div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif; text-align: justify;">
Mas não. E vem à gargalhadas, todo em excesso, pega-me pelo braço e inicia três mil danças pagãs mais corrida e pique esconde. Ah, o pique esconde! Some... Mas sei que ou aqui ou acolá ele retornará ligeiro fazendo festa. Descontrole não se contém, esse descontrole me aluga... Sabe o que me faz?</div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif; text-align: justify;">
Em sua presença eu choro pelos homens, eu tremo de frio debaixo do cobertor e continuo a chorar os homens. Faz-me viver transbordando, e porque a raiz do meu espírito é baixa o que despenca aos montes são lágrimas irracionais. Ele me faz amar e rasgar as vestes de saudade, ele me faz notar as milhas de distância e engolir o Atlântico. Ainda mais, quando o descontrole me imita, eu duplico. </div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Ah! Descontrole não enxerga minhas pílulas. Descontrole não está nem aí, quer voar e me levar consigo. Daqui? Antes fosse. Levar para mim mesmo. Dentro não posso.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">O Descontrole me segredou: é o espelho da minha adoração e o reverso da loucura.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">(Se eu tivesse coragem, enlouqueceria... Estaria seguro...)</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">* </span></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Mas ainda outra vez, passos prostrados, me acomodo no canto procurando uma trégua, esperando fremente o próximo assalto inevitável do Descontrole. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Se eu tivesse coragem...</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<br />
<br />Fil.http://www.blogger.com/profile/15389794061264749078noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8293742045440440223.post-82248973591622742532012-04-23T07:31:00.000-07:002013-10-20T17:34:52.817-07:00Caracter<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEikpoDLSIS8L6EoXjr-82eNbdm1KR1wJ5Kw1DHefpETQfScnKyWVWefvu8Fjo2e7jI_HxNcFVOtCH_ddbTOrVLYH8F9-McV93CVxILom9NM-aNBTGzTXm39U1mUh-09aNLD0KyqlIYjS6j1/s1600/melancolia.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="239" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEikpoDLSIS8L6EoXjr-82eNbdm1KR1wJ5Kw1DHefpETQfScnKyWVWefvu8Fjo2e7jI_HxNcFVOtCH_ddbTOrVLYH8F9-McV93CVxILom9NM-aNBTGzTXm39U1mUh-09aNLD0KyqlIYjS6j1/s320/melancolia.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif; text-align: justify;">
Não se permitir consiste numa contra-vontade. Pelo menos para mim para hoje. É difícil de sustentar. Principalmente quando os alicerces estão nebulosos incertos. Não sei bem o que é que insiste em ser, menos ainda o porquê dessa insistência: a tentação é enorme em cair no pedantismo de uma teoria qualquer a respeito da latente tensão humana em responsabilizar o mais desgastado dos sentimentos: o amor. Romântico mesmo. Ele não existe, ora, então, sóbrio e desapontado reconheço que a coisa anda mais escondida ainda. Volto ao primeiro esboço de agitação: que é isso que me habita e faz questão de ser presente, preza tanto a sua sobrevivência mais que eu próprio? (bem mais). Da vida extraio uma constante não permissão do que reluta. E no fim praquê? Me parece medo de "se entregar" - e mais uma vez caio no senso comum. Obviamente não posso afirmar que nada perco num salto no abismo; a prova do Paraíso é a mesma que refrigera a alma dos ateus.</div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif; text-align: justify;">
Talvez não seja medo, talvez um apego às certezas. Sempre soube que a mediocridade (não num sentido pejorativo) é reconfortante. O contrário disso é o desespero dos poetas e as infronteiras dos insanos. Não sei a que vou contra, mais sei que vou contra! E a coisa do não-ser torna-se quase concreta: o que não sou carrego nos braços. O que eu poderia ser? Aos quintos!</div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif; text-align: justify;">
<br />
<div style="text-align: center;">
*</div>
</div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif; text-align: justify;">
<br />
Quando quero enlouquecer, beber vinhos e gozar a festa dos falos, o mundo que se expanda numa luz de fogo destruidora! Quando quero o caos e o sublime. Tem dias sim, que eu despenco no escuro. Acordo chorando e com fissuras nos pulsos. Ressaca espiritual.</div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif; text-align: justify;">
Mas hoje, para hoje prefiro a sensatez e os desígnios programados no papel. Só hoje eu quero lograr um possível futuro ideal e dormir com Deus.</div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif; text-align: justify;">
A, se eu pudesse...</div>
Fil.http://www.blogger.com/profile/15389794061264749078noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8293742045440440223.post-83160410479001326132012-04-11T09:15:00.005-07:002013-10-20T17:43:00.491-07:00Franca verossimilhança a respeito do que me motiva a transmitir um mal estar continuo ou Do porque sofro ou Meu amor e suas correspondências<div style="font-family: trebuchet ms; text-align: justify;">
Procurarei aqui justificar minha constante mistificação e culto aos males.<br />
<br />
Todo dia, quase, construo cenário de opressão e maquio o elenco de face bizantina. É um teatro. Essa minha vida é um teatro, eu reconheço. E como toda arte, respira, produz e lancina vitalidade própria.<br />
<br />
Vê como é bela minha encenação? Legítima.<br />
<br />
Contudo tem sempre quem me aponte correlações à realidade com a obra.! A esses dirijo minha prosódia: as entonações podem sim ser reflexos de um texto-eu. Okay, eu tecerei relato do ante script para vocês. Disse de proêmio e ressalvo outra nova vez: <span style="font-style: italic;">minha</span> mistificação decadentista, <span style="font-style: italic;">minha</span> italicamente mesmo.<br />
<br />
Justifico, caro erudito. Em suas pesquisas bem argumentaste uma depressão cênica, problemas que eu invento para ser triste. Justifico, caríssimo erudito. Logo. Assim que eu reconquistar o despudor.</div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: trebuchet ms;"><br />---<br /></span> <br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: trebuchet ms;">Já.</span><br />
<br />
<span style="font-family: trebuchet ms;">Isso: Quando to puro e impenetrável, só eu, alguém vem e me dá cara de angustia. Eu to bem, existindo despretensiosamente, daí eles vem e falam:<br /></span><span style="font-family: trebuchet ms;">- Você está bem?</span><br />
<br />
<span style="font-family: trebuchet ms;">Surpreso em degradê respondo que sim.</span><br />
<br />
<span style="font-family: trebuchet ms;">- Sério, pode falar... O que você tem?;</span><br />
<br />
<span style="font-family: trebuchet ms;">ou logo sentenciam que to triste.</span> <span style="font-family: trebuchet ms;"><br /><br />O que faço? Sou pleno e bem, até que me descobrem dor e eu nu. Nem sei mais quê sinto, quê sou, quê guia-me. E visto o figurino dado, crio fatalidades e as conto para que meu próximo possa acolher.</span><br />
<br />
<span style="font-family: trebuchet ms;">É disso. Minha tragédia eu faço para a catarse do próximo. Porque se me olhares na coxia, nem compaixão nem temor te possuirão. Apenas reflexos. E arrisco: sou como água corrente, o que te notas no meu olhar é o mundo teu com ondas.</span> <span style="font-family: trebuchet ms;"><br /><br />Pegou? Para não me reduzir a nada e te deixar esperando de braços abertos finjo sofrer. E me abraças.</span> <br />
<div style="font-family: trebuchet ms; text-align: center;">
<br />
---</div>
<span style="font-family: trebuchet ms;"><br />Tudo é Amor.</span></div>
</div>
Fil.http://www.blogger.com/profile/15389794061264749078noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8293742045440440223.post-91631731017400477192012-04-03T14:36:00.002-07:002012-04-03T14:38:48.388-07:00Em três atos<p class="MsoNormal" style="font-size: 100%; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal; text-align: justify; "><span >ATO TRES</span></p> <p class="MsoNormal" style="font-size: 100%; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal; text-align: justify; "><span style="font-family: 'trebuchet ms'; font-size: 100%; "><br /></span></p><p class="MsoNormal" style="font-size: 100%; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal; text-align: justify; "><span style="font-family: 'trebuchet ms'; font-size: 100%; ">Exausto eu tateio o telefone no escuro: "Allo"</span></p><p class="MsoNormal"><span ></span></p><div style="text-align: justify;"><span ><span style="font-size: 100%; ">Hoje foi dos tais dias em que eu luto incessantemente (minhas armas falíveis são sempre os estudos e o piano) e no fim me rendo cabisbaixo e recuo num canto. Começo a pensar na vida. Na verdade não eu, é ela própria que invade minha privacidade e inicia sua tortura.</span></span></div><p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;font-size: 100%; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal; "><o:p><span > </span></o:p><span style="font-family: 'trebuchet ms'; font-size: 100%; ">A impressão de se sentir exilado há um oceano de distância de onde você propriamente é, é que não há um chão que te queira. Perde-se a esperança. Lá onde o dia é frondoso e a noite agradável ou aqui onde o dia é lacônio e a noite sedutora, onde quer que eu esteja... Basta encontrar um olhar perdido e então me dou conta: de quão perdido é meu próprio olhar. Antes pensei ter vindo para cá procurar minha esperança e ofendido dei-me conta de que havia deixado-a aos pés na praia, onde nasci. Talvez as ondas as trouxessem a mim – se suas danças não fossem ludicamente verticais! Mas não... Dissolveu no sal e eu vi que o que pari era mais uma ilusão: nem busquei nem esqueci. A esperança sou eu por dentro. E ando cansado de virar do avesso atoa. Calo meu movimento. Calei. Silencioso. Em todo lugar eu sou, todo lugar eu quero. E toda terra me foge. </span></p><p class="MsoNormal"><span ></span></p><div style="text-align: justify;"><span ><span style="font-size: 100%; ">Retribuem minha saudação sonolenta. O idioma do outro lado da linha é português e o timbre é fraternal. </span></span></div><span > <div style="text-align: justify;"><br /></div><span style="font-size: 100%;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: 100%; ">Nunca soube quem era aquela garota na janela vagando com a órbita ocular sem uma procura... Tanto invejei... Uns olhos que passeavam cegos, olhando somente o interior. Por dias, todos os dias até hoje, eu a procurei nas esquinas; comecei a visitar os cafés próximos do bairro, ansiando sua companhia; conheci as bibliotecas, praças e museus, frequentei assiduamente todo o tipo de filas e assisti colóquios alheios. Era ela uma estudante também? Ou parente de algum estudante e que estava de visita naquela manhã?... Miragem? Essa sua existência duvidosa atrai-me ainda mais intensamente. Meu maior antagonismo: alguém que não é e que não procura, alguém que vive. </span></div></span> <div style="text-align: justify;"><br /></div><span style="font-size: 100%;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: 100%; ">Procurei subir ao topo do mundo, onde situa o cemitério mítico da cidade, me proclamei coisa viva e prometi ascensão. Uma do tipo espiritual, consistente na minha satisfação de ser. E livre. Não resisti e caí na subjetividade, privei-me de deuses e salvações. Onde fica minha casa? Onde meu olhar pode tomar leito? No frio que é todo meu estive nu. Europeu. Mais numerosas vezes não resisti. A vida é isso: pura sedução e fraqueza. </span></div></span> <div style="text-align: justify;"><br /></div><span style="font-size: 100%;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: 100%; ">Estou quase desperto e é engraçado que não compreendo bem o que meu tio diz ao telefone. Mas é família.</span></div></span></span><p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;font-size: 100%; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal; "><span style="font-family: 'trebuchet ms'; font-size: 100%; ">Na falta de procura que me impus eu procurei. Lares e certezas.</span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;font-size: 100%; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal; "><o:p><span > </span></o:p><span style="font-family: 'trebuchet ms'; font-size: 100%; ">No fim, parece tudo perda de tempo, antagonismo calculado. Coisa inédita é só o pós-morte. Qual é a minha? Doendo e engrandecendo. Por que eu escrevo tragédia em papéis virgens?</span></p> <p class="MsoNormal"></p><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: 100%; font-family: 'trebuchet ms'; ">A voz do outro lado embaralha palavras e tremula fonemas. É um misto de soluços e silabas de um idioma que eu já me desacostumara a ouvir. Mas meu. A mensagem eu entendi toda: uma moça levemente embriagada em alta velocidade, atropelamento, meu pai na UTI em estado grave e. Ensurdeci... Meu irmão morto.</span></div><p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;font-size: 100%; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal; "><span style="font-family: 'trebuchet ms'; font-size: 100%; ">Estações, hemisférios, humanos. Por que tanta tragédia em papéis virgens?</span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;font-size: 100%; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal; "><span style="font-family: 'trebuchet ms'; font-size: 100%; ">Voltar para casa... Minha.</span></p> <p class="MsoNormal" style="font-size: 100%; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal; font-family: Georgia, serif; "><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="font-size: 100%; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal; font-family: Georgia, serif; "><o:p> </o:p></p>Fil.http://www.blogger.com/profile/15389794061264749078noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8293742045440440223.post-45881150502488318632012-03-28T10:54:00.002-07:002012-03-28T10:59:32.764-07:00Em três atosATO DOIS<br /><br /><div style="text-align: justify; font-family: trebuchet ms;"> </div><p class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;font-family:trebuchet ms;">Pouco se pode ousar nesse inverno.</p><div style="text-align: justify; font-family: trebuchet ms;"> </div><div style="text-align: justify; font-family: trebuchet ms;"> </div><p class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;font-family:trebuchet ms;">Se antes os estudos e a suma-meta desviavam minha atenção de um amor deixado milhas tropicais para trás, agora eu me deparo tarde da noite tentando recuperar tal sentimento, esse meu, que foi meu, o de amar um outro coração que não o meu – e <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_0">querê</span>-lo ao lado, fluindo conjuntamente até a velhice. É verdade, a glória que costumava esconder minha imensa vontade de levar a vida em estepes onde nada mais há além do vento e a pouca vida se foi. Fora de júbilo, eu pedi para ser sozinho, logo que pudesse. E minha tese científica era o álibi... Que se <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_1">potencializou</span> em arma de um crime passional. Porque hoje já nem sei o que desejo para o sempre.</p><div style="text-align: justify; font-family: trebuchet ms;"> </div><div style="text-align: justify; font-family: trebuchet ms;"> </div><p class="western" face="trebuchet ms" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">A neve veste estampa de paz e ela me sufoca. Nos excessos vive a clausura.</p><div style="text-align: justify; font-family: trebuchet ms;"> </div><div style="text-align: justify; font-family: trebuchet ms;"> </div><p class="western" face="trebuchet ms" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">Pupilas que quase invadem toda a visão. Eu mal me lembro o quanto eu parecia apaixonado e ele também nos dias frios e como éramos <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_2">independentes</span> no calor. Pouco de nossas imagens se <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_3">reflectiam</span> no olhar um do outro, era muita escuridão e uma hipnose insensata, entretanto chamávamos de amor e até era. Como um tipo de anulação e afirmação cíclicas. Em <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_4">novembro</span> ele viajava para o litoral e servia de <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_5">muso</span> aos garotos tropicais. Eu preferia as noites paulistanas, o anjo negro na pista de dança. Mas quando o tempo amenizava podíamos procurar um ao outro entre abraços suaves e superficiais e criar um romance pitoresco. Sinto falta... De qualquer romance.</p><div style="text-align: justify; font-family: trebuchet ms;"> </div><div style="text-align: justify; font-family: trebuchet ms;"> </div><p class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify; font-family: trebuchet ms;">Contos tradicionais infantis são muito macabros. Especialmente Branca de Neve, por isso tanto seduz e leva à necrofilia. Mortos, abracem-me?</p><div style="text-align: justify; font-family: trebuchet ms;"> </div><div style="text-align: justify; font-family: trebuchet ms;"> </div><p class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify; font-family: trebuchet ms;">Não, eu não sei mais se quero me afastar progressivamente. De tudo. Ou se prefiro voltar às <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_6">merrecas</span> romanescas, não sei. Sazonal. Talvez eu esteja no cúmulo do decadentismo, mas desisti de ser negligente aos cúmulos. Nessas novas vezes eu me entrego feito <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_7">recém</span>-nascido no choro e sigo em frente por entre as paredes <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_8">gêmeas</span>, de modo distraído o suficiente a não recordar o caminho de trás. Eu não quero voltar. E noto que também não quero chegar. Ando tão <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_9">contraditório</span>, querendo sair disso num apego imenso a isso. Talvez meu amor pela solidão fosse <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_10">narcísico</span>. Sazonal.</p><div style="text-align: justify; font-family: trebuchet ms;"> </div><div style="text-align: justify; font-family: trebuchet ms;"> </div><p class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify; font-family: trebuchet ms;">Apenas o frio me pertence, neve como nuvem gelada na minha porta. O céu desceu aos meus pés e me aprisionou.</p><div style="text-align: justify; font-family: trebuchet ms;"> </div><div style="text-align: justify; font-family: trebuchet ms;"> </div><p class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify; font-family: trebuchet ms;">Só mais uns meses e eu voltarei ao meu inferno caseiro, no hemisfério sul, mais próximo da <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_11">inconveniência</span> do Sol. Menos à mercê das inseguranças... Sou eu, olhos que viajam o mundo lá fora, quietos entre o vidro da janela e a ventania, inquietos entre o interior e a <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_12">estaticidade</span> eminente em cada móvel do quarto. Uns olhos vizinhos <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_13">inalcançáveis</span>... Talvez agora sim eu esteja em casa, por isso me perco tanto. E quem me procura? </p><div style="text-align: justify; font-family: trebuchet ms;"> </div><div style="text-align: justify; font-family: trebuchet ms;"> </div><p class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify; font-family: trebuchet ms;">Batem na porta e eu não posso abrir. Estou preso em minha neve privada.</p>Fil.http://www.blogger.com/profile/15389794061264749078noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8293742045440440223.post-44820742745400355792012-03-25T11:05:00.002-07:002012-03-25T11:23:07.343-07:00heartstormMeus sentimentos poderiam ser mais definidos,<br />o Sol poderia retorcer-se mais ameno,<br />fuso horário poderia ser só um.<br />Ele poderia estar menos longe,<br />ou não tão dentro.<br /><br />Eu poderia cansar um pouco menos de sei-la-o-que,<br />taquicardia poderia ser só a literária,<br />inspiração poderia existir,<br />verso doeria menos.<br />O silêncio poderia ser suficiente,<br />as estrelas mais simples,<br />a física e a poesia menos irmãs.<br /><br />Vazio de despedida poderia ser menos cheio,<br />despedida poderia não ser tão diária,<br />meu nervosismo em manter...<br />... eu poderia ao menos saber<br />qual feitiço qual mistério...?<br /><br />Qual<br />Remédio<br />Pra tanta<br />tanta loucura?Fil.http://www.blogger.com/profile/15389794061264749078noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-8293742045440440223.post-66367910468866554452012-03-03T16:35:00.005-08:002012-03-03T17:09:43.185-08:00O Livro da Loucura e da Adoração<div style="text-align: justify; font-family:trebuchet ms;"><span style="font-weight: bold;">Índice remissivo antecipado</span><br /><span style="font-style: italic;">Um Trabalho talhado de tensões e insônias.</span><br /><br />Jamais cri eu poder ser tão devoto, afinal escalas de sentimentos já evanescem com a sutileza de um tímido espectro de luz, o que dirá então de todo o prisma de cores da realidade invadindo a epiderme? De modo que qualquer fantasia apaixonada se apagaria.<br /><br />E apagou.<br /><br />Jamais cri eu pagar tributo mesmo após ver o quão vã é a Terra e tudo o que nela orbita.<br /><br />Um léxico básico:<br />Paixão: certeza efêmera feita de efêmeros suspiros e efêmeros hormônios.<br /><br />Eu que fui consagrado às incertezas permito-me assassinar o que é belo (e superficial) e elejo o amor. Ele é feio, tão palpável como palpáveis são as chagas abertas de Cristo.<br /><br />E adoro.<br /><br /><div style="text-align: center;"><span style="font-weight: bold;">Proêmio</span><br /><span style="font-style: italic;">Como apagou.</span><br /></div><br />Naquela manhã um homem três palmos a baixo da miséria fora guiado à forca. Seus pés arrastavam-se sobre a aspereza do chão público, o de todos nós. Sua caminhada penitente era iluminada pelo raiar intruso e acusativo do sol, aquele mesmo astro mãe negado durante o tempo de cárcere. As suas mãos enlaçadas eram gêmeas caladas, aleijadas. Deixassem-nas livres e com elas ele voaria para a condenação dos céus.<br /><br />Confuso, porém pouco surpreso notei que não era uma corda aquilo a envolver o pescoço rendido do homem, era uma serpente. Pálida e embriagada, abraçava aquela vida. Bicho desmembrado abraça com o seu todo e mata.<br /><br />- Algo a dizer? – perguntou a voz áspera-encapuzada.<br /><br />Acenando negativamente a cabeça, o homem prostrou os olhos na multidão me procurando. E eu corri longe daquele maldito olhar... O crime pertencia-me. Eu era o culpado! Mas me perdoou, eu sei. Ele perdoou a todos nós e morreu.<br /><br />Minha paixão humilhada, rastejante e mártir morreu.<br /><br />A culpa fica, a culpa sou eu.<br /><br /><div style="text-align: center;"><span style="font-weight: bold;">I </span><br /><span style="font-style: italic;">Tensão.</span><br /></div><br /> Em cárcere ameno um poeta folheia antigas cantigas, retalhos de fascinação e engano. Fora longe – pródigo! – o tempo das virtuosas inspirações. Resta hoje o meditar a respeito da mentira e da verdade.<br /><br /><div style="text-align: center;"><span style="font-weight: bold;">II</span><br /><span style="font-style: italic;">Insônia.</span><br /></div><br /> Sobreviver quando estás tão longe se torna uma promessa de vida. Mesmo que jamais tenha prometido algo assim.<br /><br /><div style="text-align: center;"><span style="font-weight: bold;">III</span><br /><span style="font-style: italic;">Tributo e devoção – Incompletos.</span><br /></div><br /> Mil poemas iniciados e incompletos eu guardo na gaveta. Te darei meu labirinto verbal!<br /><br /> Talvez assim funcione porque eu esteja em pedaços e em pedaços esteja você também. Nossas rimas, nunca, nunca, nunca se encontram.<br /><br /> Mil versos livres sagrados...<br /><br /> Desarmônicos. Não é a música de um poema de Verlaine. Desnorteia, rabisca minha precisão, amassa meu esmero! Eu pego fogo, você me ascende!<br /><br /><div style="text-align: center;">IV<br /><span style="font-style: italic;">Paixão.</span><br /></div><br /> Dei tanto, tanto... Ao máximo dediquei o labor de te amar. Fiz ainda mais: eu fiz demais. E nada do que e edifiquei cabia à tua alma. Ás vezes penso que o que construí foi uma fortaleza e te privei do sol.<br /><br /> Fiz tudo, mas bicho desmembrado que sou, matei-te num abraço.<br /><br /><br /><div style="text-align: center;"><span style="font-weight: bold;">V</span><br /><span style="font-style: italic;">O belo e o feio (quase putrefato).</span><br /></div><br /> Trata-se da mentira e da verdade.<br /><br /> O poeta.<br /><br /> Abriu passagem pisoteando as folhas no chão, sufocando a vida. E caminhou até a porta de sua confinada habitação. Lá fora o mundo mantinha seu espetáculo circense orgânico, rodopiando entre as pernas da mãe Terra; sonâmbulo, ébrio feito boêmio idoso. Até as escuridões mais intensas das esquinas da noite ignoravam ser manto de sacrilégios e dançavam a dança de Salomé. Quanta infinita gente doendo insuportavelmente, debaixo de um cobertor ou sem ele, quanta decadente solidão e angústia no palco de hoje... E o que é poesia nisso?... Nada alem de dissimulação. O verso perfeito tem ritmo de mentira e negligência. A verdade cala, aponta e condena. (a si mesma).<br /><br />Uma peregrinação: a paixão quase vive de tanto que sua morte persegue.<br /><br /><div style="text-align: center;"><span style="font-style: italic;">O belo e o feio (quase putrefato), parte 2.</span><br /></div><br /> Saudade. De te abraçar feito serpente.<br /><br /><div style="text-align: center;"><span style="font-weight: bold;">VI</span><br /><span style="font-style: italic;">Palpável.</span><br /></div><br /> O sono quase mata. Quero e preciso dormir justamente. Mas é que escrever sobre você ilude que estás perto. E sinto um cheiro que deve ser o teu, uns calafrios que devem vir da tua pele tocando a minha, uma inquietação que é o teu olhar sobre mim, uma solidão imensa que deve ser a tua. Tudo é você. Meu coração e eu decidimos.<br /><br /><div style="text-align: center;"><span style="font-weight: bold;">VII</span><br /><span style="font-style: italic;">As chagas de Cristo.</span><br /></div><br /> Ele tentou afastar o cálice, contudo a vontade do Pai prevaleceu. Nem toda adoração deve ser revelada. Pois então eu me calo e digo apenas coisas com dor carmesim – todo fluxo sanguíneo teu eu guardo junto ao meu (e passeia e filtra e dá vida. Sístole, diástole, sístole, diástole...).<br /><br /> Nem toda adoração deve ser revelada. Caso ocorra, triste e pesado fica o adorado em querer recompensar com milagres. Não faça milagres por mim, você não precisa me amar.<br /><br /> Eu mesmo não te amo, é outra coisa.<br /><br /><div style="text-align: center;"><span style="font-weight: bold;">VIII</span><br /><span style="font-style: italic;">... E adoro</span><br /></div><br /> Teu cabelo... Feito o mar proibido da madrugada. Quão tempestuosas são as ondas que me ferem, me afogam e me fascinam. Este teu negro diadema desce a pele doce e morena, joga-se em movimentos livres inconstantes, dança teu cabelo e eu com ele quero me perder para sempre... Quero beijar tua cabeleira tão profunda, sentir seus fios inundando meu rosto, cegando meu mundo. Provar do sabor, inalar o perfume. Como manto do universo, como o infinito tua cabeleira me suprime, me encanta... Cascatas me conduzirão até tua tez centrada e acariciarei as sobrancelhas que adornam uns olhos tristonhos e cansados... Ah, eu beijarei teu olhar e meus lábios te darão o sono e descanso, meu rei e adorado.<br /><br /> Se te afliges um malogro, rente, ao teu peito, meus ouvidos ficarão e escutarei teu fluxo de vida pulsante... De novo meus lábios prometem tocar tua vida, e com um sopro afugentarei os maus espíritos. Vem, amado! E flui comigo, com meu ser todo entregue.<br /><br />Nada penitenciarei a ti, pois minha devoção é espontânea. Teu lábio superior é como o horizonte de um lindo pôr do sol e o inferior tem gosto de mel e a frescura das flores. Algo ardente possui meu coração e é o pensamento dos teus dedos, esses leves e santos que correm sobre mim buscando sinfonia. Sinfonia mais pura é a da tua voz que me devaneia e hipnotiza.<br /><br /> Sou a sombra da tua sombra, o guerreiro que jamais deixará dardo algum atingir-te.<br /><br /> E se meu ser todo anda prostrado é porque sou mortal... E se meus olhos se erguem é porque buscam a glória dos teus. Como duas aves debutantes sobrevoando a praia num fim de tarde são teus braços e eu os anseio!<br /><br />Pouco sou, acanhado eu sonho no dia em que tua vida envolverá a minha. Lá estarei a salvo...<br /><br />À luz que persegue cada passo que caminhas envio orações, às pessoas que te tocam envio poesia, ao dia que te desperta e à noite que te refugia eu declamo música sacra. Meu culto permanece eterno, pois às estrelas todas eu conto e à elas peço que conte às suas amigas que eu te adoro. O Universo esconde o segredo.<br /><br /> Tu és meu segredo, supernova.<br /><br /> Eu te adoro.<br /> <br style="font-family: trebuchet ms;"></div><div style="text-align: center;"><span style="font-weight: bold; font-family:trebuchet ms;" >Prólogo</span><span style="font-style: italic; font-family:trebuchet ms;" ><br /></span><div style="text-align: center; font-family:trebuchet ms;"><span style="font-style: italic;">Saudade</span><br /><br /><div style="text-align: justify;"><br /></div></div><br /><div style="text-align: justify;"><br /></div><br /></div>Fil.http://www.blogger.com/profile/15389794061264749078noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8293742045440440223.post-48901176295977222182012-02-16T19:35:00.006-08:002013-10-20T19:12:37.597-07:00Em três atos<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: trebuchet ms;">ATO UM<br /><br />Uns olhos eu espiei pela janela do apartamento.<br /><br /> </span><span style="font-family: trebuchet ms;">A manhã estava gelada e era tanta neblina que desconfiei que as nuvens houvessem baixado ou então meu prédio havia sucumbido às alturas e eu morria - morria e o paraíso é bem idêntico à Terra: as ruas íngremes lá fora, a grande ladeira, o senhor que caminha solitário até a padaria, cão de rua e a rotina universitária. Mas não, nem subida aos céus ou descida deles até a borda da minha persiana... Era só o inicio de uma manhã européia. A verdade é que me acostumara tanto com o calor preguiçoso do Brasil, meus colegas de quarto marchando a marchinha do atraso e aquele sol ultrajante querendo violentar as portas e frestas, que a tão sonhada atmosfera úmida e fria (não queria usar essa palavra, estou procurando um quê mais adequado para o que sinto todos os dias ao aspirar o frescor, um quê mais solitário), úmida solidão desse país me pega de surpresa todas as manhãs! Eu adoro me surpreender todas as manhãs - adoro essa solidão úmida e fresca, mas temo tanto quando ela se tornar a dama da nevasca... O inverno.</span><br />
<br />
<span style="font-family: trebuchet ms;">Uns olhos eu espiei pelo vidro, dançando em espirais.</span><br />
<br />
<span style="font-family: trebuchet ms;">Quando morava no campus da capital, cento e cinquenta e sete passos do prédio da faculdade, eu seguia certo ritual matinal que não vem ao caso no momento, mas que tinha como objetivo não uma espiritualização com um Ser Supremo. Era puro intento de atraso! Jamais gostei de chegar cedo na sala de aula, ter que escolher um lugar, ver todos que chegavam... Meus amigos diziam que isso era um tanto esquizofrênico. Tudo bem, entre amigos rimos e partimos para outra prosa qualquer. Eis o atrito: um dia uma amiga de uma amiga (essa espécie tão constrangedora), por simplesmente ter na carteira da universidade o título de aluna da graduação em psicologia me disse: "você é excêntrico. Não gosta de ser a platéia e sim o palco. Se você chegasse antes de todos, não te notariam." Claro que respondi à insolência da tal pseudofreud. Com a sobrancelha direita sobressaltada, o suspiro desdenhoso, a mão esquerda na cintura, minha chacoalhada de cabeça em sua direção e: "gênio". A coitada me definiu pelo ascendente, e não pelo signo.</span> <span style="font-family: trebuchet ms;"><br /><br />Aqui o rito se repete, eu abuso do vento e dos cigarros, entro para a classe. Quero que girem suas cabeças para trás, para a porta ver o intercambista chegar, quero que o professor faça uma pausa e olhe por cima dos óculos condenando-me ao purgatório; enfim, quero espalhar meus cadernos e livros sobre a mesa e desenhar desenhar desenhar... Ah, minha querida! Não somos mais colegiais! Eu me atraso porque não nasci para aberturas, prefiro a vida brusca.</span> <span style="font-family: trebuchet ms;"><br /><br />Aqueles olhos jamais encontrariam os meus, aquela vida jamais seria apresentada a minha. No entanto eu lhe invadia uns instantes, atrasado, ignoto.</span><br />
<br />
<span style="font-family: trebuchet ms;">Ninguém questiona. Pouco se sorri e apesar do frio, observo muitas ausências de abraço. O mais incrível é que depois de vinte e três anos de angústia calada eu sinto que encontrei lar. Nesse lugar onde o outono é realmente outono e o amor tende à quietude... Longe do espírito carnavalesco da minha terra, longe até do colo materno! E poucos tentam cruzar uma amizade comigo. Antes de vir para cá palpitei muito que seria O Intercambista, no entanto sou ninguém. E é delicioso... Nem palco nem platéia: coxia. Estou "em casa".</span><br />
<br />
<span style="font-family: trebuchet ms;">Estava. Até hoje, quando minha luz se rebelou e caiu levando a terça parte do meu ser até a queda mais profunda, aquela dos olhos que percorro do outro lado da rua, no sexto apartamento do prédio vizinho.</span><br />
<br />
<br /></div>
Fil.http://www.blogger.com/profile/15389794061264749078noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8293742045440440223.post-40967789472898112062012-02-14T12:08:00.003-08:002012-02-14T12:48:11.191-08:00Thay<div style="text-align: justify; font-family: trebuchet ms;">"Então me dei conta de que o dia mais romântico e doce do ano em todo o mundo é também o dia em que celebramos nosso aniversário... Hoje, quatorze de Fevereiro de dois mil e doze, o primeiro.<br /><br />Anjo que sorriu para mim e fez da minha máscara de tragédia, júbilo e exaltação.<br />Anjo que desnudou tua máscara e a mim se entregou tão pura como és.<br />Anjo que eu vi o peito, a embriaguez d'uma gargalhada e o ópio sagrado do gemido terrível.<br /><br />Mal tenho poder sob o verbo quando se trata de salvar tua alma, e eu sinto tanto... Quando te dói quereria eu furtar-te o coração e guardar pulsante bem ao lado do meu (eles juntos dançam dançam dançam e falecem, e ressuscitam ao sentir um beijando ao outro. Magia gêmea). E sei que sou feito de erros... Peço perdão para sempre, eu que queria ser perfeito porque o que me entregas é mais do que aura celeste.<br /><br />Sabes, anjo, que eu sou como a Lua, furtando a luz do Sol para ser adorada. Eu sem os astros sou apenas um monte de crateras e um deserto sem vida. Mas você não tem sido o Sol ou qualquer outro corpo sideral presenteando-me beleza! Ah não, você é meu próprio brilho e escuridão! A luminescência que o mundo vê em mim é toda você e quando escondo minhas profundas depressões no lado oculto da vida você também está lá... Conhece cada ferida e cada carícia.<br /><br />Minha luz e minha paz, minha tormenta... Diria então: anjo, meu tudo!<br /><br />(Entretanto eu sinto um pouco de angústia ao lembrar como você sou eu! É bem mais seguro não sê-lo)<br />(Entretanto eu agradeço por ter de verdade e mais profundamente um refúgio da solidão, meu Tudo)<br /><br />Agradecer a quem? São Valentim? Bem... O dia é dele, aquele que rompeu a regra fria da humanidade e apostou sua vida e morte no amor e em rosas. Ou talvez a Eros, o brincalhão.<br /><br />Cristão ou Pagão, eu sou todo teu. Lunaticamente teu. Até que o Universo vire pó - então seremos todo Ele."<br /><br /><div style="text-align: right;"><span style="font-size:85%;"><span style="font-family: arial;">[eu super queria postar aqui aquela foto que tiramos no ponto da Geociências depois da ultima FestECA... Se eu tivesse ela... '-']</span></span><br style="font-family: arial;"></div><br /><br /></div>Fil.http://www.blogger.com/profile/15389794061264749078noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-8293742045440440223.post-45334462471268198972012-02-12T14:07:00.000-08:002012-02-12T14:31:23.966-08:00Sonho Realidade<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: trebuchet ms;">Uma vez eu sonhei - por falta de opção - que o teu amor era inesgotável . No sonho eu não precisava economizar-te, todo o tempo eu <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_0">compartilhava</span> ao teu lado e minhas palavras eram <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_1">incontidas</span> cascatas desembocando nos ouvidos macios teus. Como eu acariciava tua pele de <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_2">jambo</span> e brincava com tua cabeleira negra e densa, evocando sono e paz.. Você dormia em meu colo e eu sussurrava os poemas secretos dos meus amores passados, das vidas passadas.</span><br style="font-family: trebuchet ms;"><br style="font-family: trebuchet ms;"><div><span style="font-family: trebuchet ms;">Todo meu antes e depois, todas as minhas reencarnações louvavam sem medo a tua presença!</span><br style="font-family: trebuchet ms;"><br style="font-family: trebuchet ms;"><span style="font-family: trebuchet ms;">No sonho minha aura se aquietava e cingia-se inteira de veludo para deitar-se sobre a tua, aquecer teus frios, suavizar tuas <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_3">asperezas</span>. Eu tinha fé no meu culto à tua imagem. Lá no sonho, toda a vez que me crucificavas eu conseguia sorrir, pois teu seio emergia e imergia tanto quanto o meu amor crescia e desfalecia. Eu podia desfalecer! Como na noite em que perdi o fôlego e tive medo de ti.</span><br style="font-family: trebuchet ms;"><br style="font-family: trebuchet ms;"><span style="font-family: trebuchet ms;">Mesmo que nossa história fosse peça trágica, eu sorria: teu amor era inesgotável.</span><br style="font-family: trebuchet ms;"><br style="font-family: trebuchet ms;"><span style="font-family: trebuchet ms;">Dessa vez que sonhei... E quando acordei me detive um instante. Um passo falso, olhos de ressaca e meus desapontamentos pela farsa onírica. Talvez, provável, eu sinto... que nem me amas mais. No entanto continuo detendo-me à crueza da realidade. Ora, eu sou poeta! Viverei um sonho ou um pesadelo, tanto faz. Mas que eu tenha sempre aquele sorriso lacrimoso quando te ver, e que eu ame nossas condenações. </span><br style="font-family: trebuchet ms;"><br style="font-family: trebuchet ms;"><span style="font-family: trebuchet ms;">Tenho muito medo de desfalecer em vão, sim. Mas minha adoração é inesgotável.</span><br /></div></div>Fil.http://www.blogger.com/profile/15389794061264749078noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8293742045440440223.post-6136331787613018602012-02-07T14:50:00.000-08:002012-02-07T15:42:52.720-08:00Gar tuht river ger te rheged<div style="text-align: justify;"><span >Palavra profética dita por mim, alma contrita, discente soberana da Era Vazia (porque eu nunca aprenderei a ser o que o tempo exige que eu seja):</span></div><div style="text-align: justify;"><span ><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span >Três tentativas e uma visão. Enquanto meu amor mortal mantinha-me hipnotizada por sua pupila imensa eu vi a silhueta sombria à margem do rio, de um belo e decadente cisne cinéreo louvando o silêncio. Pairando solitário. E eu nunca entenderei o que tal alegoria poderia, se sagrada fosse, revelar. Nem em uma tela ou num papel em borrões e rabiscos sinuosos. Criarei uma angústia e um enigma indecifrável e entregarei em envelope de vingança a minha alma gêmea.</span></div><div style="text-align: justify;"><span ><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span >Amado meu, por que me deste esse quadro? Quereria tu apenas inspirar-me? Talvez tornar te mais próximo a mim aqui inalcançável no palco da devoção que encenas dia e noite? Creio que não... Tua fascinação é fuga, peso, é tudo que sufoca glorifica, menos ambição. Se te sobes, quanto mais você cresce o espírito, mais alto me elevas. Estou infinitamente longe - divina.</span></div><div style="text-align: justify;"><span ><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span >O que o homem crê na revelação de Deus é bem aventurança. Já o que eu encontrei no profundo olhar de quem amo é anátema! Ultraje vestido de plumas e feitiço mundano. Minha visão é fantasia - a obra prima da humanidade. (Toda maravilha inexplicável vem do labor do homem em fugir) (de Mim).</span></div><div style="text-align: justify;"><span ><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span >-Eu não estou mais apaixonada.</span></div><div style="text-align: justify;"><span ><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span >A efemeridade assusta. Menos que aquele algo que se mantém e não é amor. Amor nunca se mantém, torna-se penoso demais; dias acumulam medos e exigências, nunca sobra "amor". Mas há um tesouro que vi em seus olhos, uma existência flutuando nas águas escuras de nossas pupilas. Permanecerá a adoração, e adorarei para sempre...</span></div><div style="text-align: justify;"><span ><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span >Deixarei-te ruir em pedaços infinitos. Sinto muito. Homem, alma gêmea que devota desespero da vida, amado meu. Teus estilhaços são adoráveis! Sinto muito, eu não posso salvar.</span></div><div style="text-align: justify;"><span ><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span >- Afinal de contas o amor nunca salva.</span></div><div style="text-align: justify;"><span ><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span >Ele exila. Quando te desejo te rebento no chão, cravado. E me adoras, tu me tornas inatingível nas nuvens, etérea. Não há Elisium. A verdade é que doerá enquanto o Sol queimar (um dia ele congelará defunto e nós teremos desfalecido tanto antes).</span></div><div style="text-align: justify;"><span ><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span >Um afago ameno é a poesia de nossos olhares. Olhe para mim! Na superfície cristalina flutua uma adoração... Além dele um conto de fadas. Na fantasia há amor supremo, lá e apenas lá. Aqui seremos sempre erros irreparáveis, cacos de vidro, um homem e uma deusa, a arte e o crítico... </span></div><div style="text-align: justify;"><span ><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span >...Tons de cinza e uma adoração indecifrável.</span></div><div style="text-align: justify;"><span ><br /></span></div><div style="text-align: center;"><span >"Gar tuht river</span></div><div style="text-align: center;"><span >Ger te rheged".</span></div><div style="text-align: right;"><span >Tuomas Holopainen</span></div>Fil.http://www.blogger.com/profile/15389794061264749078noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8293742045440440223.post-62307562242520205082012-02-06T15:17:00.000-08:002012-02-06T16:05:23.795-08:00Gar tuht river ger te rheged<div style="text-align: justify;"><span>A terceira tentativa e do alto do altar edificado pelos afáveis irresponsáveis, minha <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_0">vultuosa</span> alma <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_1">gêmea</span> larga o pincel. Desta vez sóbria! Porque em todo tempo, quando falha, como quem desfalece, ela abre as mãos imensas <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_2">sonâmbulas</span>, suspira e freme d'uma vertigem morna. Sua desistência costumava ser o seu berço, mas hoje não. O que lhe deu para guardar <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_3">esmeradamente</span> a tela, o talento e descer as escadarias de seu templo?</span></div><div style="text-align: justify;"><span><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span>Terá, de fato, dado o ultimo lance? Sétimo dia? E a natureza-morta de <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_4">setembro</span> se consagrará obra final? Amada minha, <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_5">negligenciei</span> teu absinto? Volte e cumpra teu dever de divindade do século XXI. Embriaga-te! Não nos preocupamos se estarás ou não inspirada para criações... Não há desapontamento se não presenteia com milagres (o que faz um <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_6">deus</span>, um poeta, um artista hoje se não cair? apenas cair... arte por arte é a fé <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_7">contemporânea</span>). Embriaga-te e falhe como só você pode, e te daremos um <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_8">diadema</span> de pérolas e <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_9">iris</span>. De joelhos adoraremos a pobre alma tua.</span></div><div style="text-align: justify;"><span><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span>O meu amor não me escuta. Voluntariamente não me escuta. Está sentada entre os degraus medianos, lendo nossas mentes. Talvez esteja sequestrando inspiração. Ou questionando o porquê de termos a transformado em alabastro da arte. Nem sabemos! Nós, os irresponsáveis afáveis... Sinto tanto não poder sentir teu doloroso cativeiro. É que é belo elevar-te.</span></div><div style="text-align: justify;"><span><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span>A distância? Talvez ela só queira descer e se juntar a nós. Mas você não pode, querida: Cristo desceu e foi crucificado.</span></div><div style="text-align: justify;"><span><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span>Minha alma <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_10">gêmea</span> olha fixamente em meus olhos e sorri. Eu temo sua loucura. Terá ela um plano oculto? Ou uma nova tela? Eis que o seu silêncio é peregrinação para mim. Eu humildemente caminho e aceito. Ser uma deusa nos dias de hoje massacra. Caminho e aceito.</span></div><div style="text-align: justify;"><span><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span>- Meu diálogo é tributo.</span></div><div style="text-align: justify;"><span><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span>A terceira tentativa desde <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_11">setembro</span>, desde os astros mortos, desde que a paz veio tingida de angústia. Será que não me ama mais? E descerá, e morrerá, e ressuscitará?</span></div><div style="text-align: justify;"><span><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span>Eu, solitário homem sem uma fé.</span></div><div style="text-align: justify;"><span><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span>- Não, amado. Eu só queria pintar um cisne <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_12">cinéreo</span>.</span></div><div><br /></div><div style="text-align: center;"><span>"<i>A <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_13">swan</span> <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_14">of</span> <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_15">white</span>, <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_16">she</span> <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_17">came</span> to me</i></span></div><div style="text-align: center;"><span><i><span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_18">The</span> <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_19">lake</span> <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_20">mirrored</span> <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_21">her</span> <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_22">beauty</span> <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_23">sweet</span></i></span></div><div style="text-align: center;"><span><i>I <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_24">kiss</span> <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_25">her</span> <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_26">neck</span>, adore <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_27">her</span> <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_28">grace</span></i></span></div><div style="text-align: center;"><span><i><span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_29">But</span> <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_30">needed</span> <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_31">nothing</span> <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_32">she</span> <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_33">could</span> <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_34">give</span></i>"</span></div><div style="text-align: right;"><span><span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_35">Tuomas</span> <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_36">Holopainen</span></span></div><div><span><br /></span></div><div><span>Minha alma <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_37">gêmea</span>, nossa fascinação acabou? Eu não estou apaixonado, ela não entregará o seu coração e em pedaços eu continuo, <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_38">cinéreo</span>.</span><span style="font-family: 'trebuchet ms'; "> </span></div>Fil.http://www.blogger.com/profile/15389794061264749078noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8293742045440440223.post-58817723166399673852012-01-31T12:01:00.000-08:002012-02-09T22:46:06.373-08:00Sobre o poeta e o profeta, uma viagem a Paris e o coração<div style="text-align: justify;"><span >Idade das trevas?</span></div><div><div style="text-align: justify;"><span ><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span >Hoje é que é. O vigésimo primeiro pós criação do Mito Cristo e da corrente decadência do homem rumo ao limbo. Nossa treva, furúnculo e fedor contemporâneo é adimensional e o riso creio eu ser pus (morte em peleja do mal). Nesse cenário nada onírico, desperta em mim a reflexão a respeito de duas profissões que, no ano um emergiram vívidas, mas cativa dos dias atuais sofre de lepra. São aqueles que de algum modo tratavam da espiritualidade: o poeta e o profeta.</span></div><div style="text-align: justify;"><span ><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span >O homem primitivo (e tenho meus resguardos ao usar essa palavra) sempre necessitou de um salvador. Ora Deus, ora a Poesia. O oráculo se materializava, então, na figura do poeta ou do profeta.</span></div><div style="text-align: justify;"><span ><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span >Uma pena, uma cálida lástima é a escuridão a que chegamos. Não há mais bons espíritos, não há mais fé e resta pouco de salvação. Menos ainda para mim, que outrora resplandecia feito Orfeu.</span></div><div style="text-align: justify;"><span ><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span >Por que ser o que sou?</span></div><div style="text-align: justify;"><span ><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span >Mas sou. E tenho escrito tão pouco, próximo ao nada. Simplesmente não enxergo nem ciana esperança na arte e na existência sagrada... Entretanto e no entanto tão pouco a ser "desvendado", não é disso que quero divagar (é que depois que previ o fim necessito sempre explicar a que venho, porquê da minha palavra). Por aqui basta meu confronto. Venho pois, falar de algo que me silencia: amor.</span></div><div style="text-align: justify;"><span ><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span >Eu, poeta, pai de inúmeras poesias anseio por escrever sobre esse amor. É ele o único que faz-me tocar a pena nos dias como os atuais, ousar palavra a palo seco.</span></div><div style="text-align: justify;"><span ><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span >Isso não é ficção. O eu lírico não apenas se assemelha ao eu empírico. Meu nome é Filipe e ando percebendo que amo feito pétalas de sangue, mal do século, rouxinóis de Wilde.</span></div><div style="text-align: justify;"><span ><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span >Ele vai embora... Meu amor vai a Paris! E nem que seja tropeçando em cascalhos e verbos, quero entregar-lhe algo árduo.</span></div><div style="text-align: justify;"><span >(e é árduo, Cé, acredite: escrever tem sido para mim a dor maior)</span></div><div style="text-align: justify;"><span ><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span >Como poeta eu vislumbro um quadro poético da era romântica. Jovem mancebo acaricia fremente uma paixão realizável, porém ela tem que partir por um longo ano. Prova de amor? Eu choraria um oceano por você... Mas já temos um.</span></div><div style="text-align: justify;"><span ><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span >Como profeta... Ah! É prova, é jejum e tentação. No fim terei crescido e depois, em 2013, te ensinarei a ler meu coração - se quiseres.</span></div><div style="text-align: justify;"><span ><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span >Então retorno ao circulo rascunhado no inicio deste texto, pois tanto o poeta e tanto o profeta estão fracos. Tanto que de dia e a noite falecem em meu colo. Sou só o Fil. Só ele, com seus remédios, sua casa, suas férias infindáveis, flutuando em bolsões de tédio. Como então, eu, este aqui, nu de empirismo, encara a tua ida?</span></div><div style="text-align: justify;"><span ><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span >Fascinação que tem me mantido nos passos da dança. Você. Emudeço e choro.</span></div><div style="text-align: justify;"><span ><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span >Desapareceram todas as alegorias. As Helíades confundem meu espírito. Eu te amo.</span></div><div style="text-align: justify;"><span ><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span >Eu te amo, ponto.</span></div><div style="text-align: justify;"><span ><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span >Voem musas, voem anjos! Voltem para o Helicão, o paraíso e a luz divina d'onde vieram. Não vos preciso. Eu tenho o Cesar.</span></div><div style="text-align: justify;"><span ><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span >Te amo e nada mais preciso dizer. Permitiram que eu o sentisse assim, perfeito. Permitiram que eu o sentisse minha estrela. Mas não seria seguro afogar-te em emoção, bem sei que teu olhar me guia para a razão.</span></div><div style="text-align: justify;"><span ><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><i><span >Você é meu amigo. Foi assim que começamos, não? Te confio todos os dias todos os meus eus - os luminosos e os demoníacos. A aura é surreal e nela temos uma caverna mágica, com um baú de defeitos e dores. Meus e teus. Mil e uma noites e infinitas questões da vida... Eu temo você, quieto, solitário, longe, indecifrável. Astro errante, vem e colida. Me destrua? Nossas estrelas são distintas, mas quando Melancholia vier seremos um.</span></i></div><div style="text-align: justify;"><i><span ><br /></span></i></div><div style="text-align: justify;"><span >Ele aquietará seu corpo na França. E três mil poemas eu farei ao aquietar minh'alma nas têmporas do vento, errante, meu, parisiense, tocando seus lábios no alto da Torre Eiffel. Fecho os olhos! Você está aqui.<i> </i></span></div><div style="text-align: justify;"><i><span ><br /></span></i></div><div style="text-align: justify;"><i><span >Não me inebriarei com teus cabelos nem beijarei todo sorriso teu. Meu novo ópio se chama saudade!</span></i></div><div style="text-align: justify;"><i><span ><br /></span></i></div><div style="text-align: justify;"><span >Que seja agridoce.</span></div><div style="text-align: justify;"><span >Porque você é das exatas e eu das humanas (!).</span></div><div style="text-align: justify;"><span >Que seja o que foi o tempo todo: meu enigma mais atraente.</span></div><div style="text-align: justify;"><span ><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span >Desbrave as galáxias, encare um buraco negro, desafie o tempo, encontre universos perdidos... Eu estarei te esperando, meu cientista lindo. Eu e as galáxias, escuridões e mistérios do tempo que crio todas as noites antes de dormir.</span></div><div style="text-align: justify;"><span ><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span >Um hiato e eu ouvirei: sistole, diástole, sistole, diástole, sistole, diástole...</span></div><div style="text-align: justify;"><span ><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span >Voaremos.</span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div></div><div style="text-align: justify;"><iframe width="480" height="270" src="http://www.youtube.com/embed/NWmCbEbMmeU?fs=1" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe></div>Fil.http://www.blogger.com/profile/15389794061264749078noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-8293742045440440223.post-84629477844151325052011-12-21T12:22:00.000-08:002011-12-21T12:38:41.673-08:00(Isso não é um retorno)<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjG71nFryYCx5G3x52IFPgOqmkBk97ibL1rzTzAILQC18vA7yafyezl49nuv7lGhY_tkc_TE49lDUIFdmhJRBOPuAI-p2IQi-TfNIly_JWcBGaCbNJUDgTt2hIOsqyB-sJNR9k6_c2_GS6d/s1600/melancholia1.png"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 179px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjG71nFryYCx5G3x52IFPgOqmkBk97ibL1rzTzAILQC18vA7yafyezl49nuv7lGhY_tkc_TE49lDUIFdmhJRBOPuAI-p2IQi-TfNIly_JWcBGaCbNJUDgTt2hIOsqyB-sJNR9k6_c2_GS6d/s320/melancholia1.png" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5688683699651605298" border="0" /></a><br /><div style="text-align: justify; font-family: trebuchet ms;">Se eu não me calo é por puro egoísmo. Já decidi: a humanidade jaz na lama podre e eu (óbvio) faço parte desse escárnio sem um deus. Não temos grandes feitos, morremos para a objetividade, o fluxo interior expandiu ao universo e hoje não diz mais nada. Mais nada.<br /><br />O que há chama-se piedade. Histórias de comoção, desventuras pouco trágicas (no sentido supremo grego), tudo cru e real. Catarse? Nem a temos tão poderosa, nem se assim ainda fosse limparia o julgo que causamos ao longo dessa "evolução". Meus queridos homens e mulheres, criancinhas... Oremos em silêncio.<br /><br />Não há um pai, não há um pão.<br /><br />Em silêncio nessa última madrugada eu abri três mil cicatrizes e sangrei toda a verdade. Acabemos todos nós, por favor. Não há meta ou sonho tamanho, não há altruísmo ou inocências, não há renovo ou botão orvalhado nessa manhã que justifique a matança espiritual de cada dia.<br /><br />Lutai por puro egoísmo. (Perdemos o Eden há milhares de versículos atrás). E eu não me calo por puro egoísmo. Três mil e uma cicatrizes estão abertas e eu sangro por você, homo sapiens.<br /></div>Fil.http://www.blogger.com/profile/15389794061264749078noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-8293742045440440223.post-67483433730723356192011-11-23T14:50:00.000-08:002011-11-23T14:59:51.171-08:00O Labirinto (profunda escuridão completa)<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgpafewHnpBzexm_-sxqtfc-WYQbxwVmBShScPFi1HgSZ7EnuHU4KiWTMPLINyPMMvGjdKs1yRwubgj8YLlyRb2CWGMIJsVe_bloT84AzmivG6o9FhxShwJn8E7KU_D-aSJQTdo9gv6v0iU/s1600/van+filosofia+-+kaleidoscope+-+www.vanluchiari.com.br.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 305px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgpafewHnpBzexm_-sxqtfc-WYQbxwVmBShScPFi1HgSZ7EnuHU4KiWTMPLINyPMMvGjdKs1yRwubgj8YLlyRb2CWGMIJsVe_bloT84AzmivG6o9FhxShwJn8E7KU_D-aSJQTdo9gv6v0iU/s320/van+filosofia+-+kaleidoscope+-+www.vanluchiari.com.br.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5678328798226310498" border="0" /></a><br /><!--[if gte mso 9]><xml> <w:worddocument> <w:view>Normal</w:View> <w:zoom>0</w:Zoom> <w:hyphenationzone>21</w:HyphenationZone> <w:punctuationkerning/> <w:validateagainstschemas/> <w:saveifxmlinvalid>false</w:SaveIfXMLInvalid> <w:ignoremixedcontent>false</w:IgnoreMixedContent> <w:alwaysshowplaceholdertext>false</w:AlwaysShowPlaceholderText> <w:compatibility> <w:breakwrappedtables/> <w:snaptogridincell/> <w:wraptextwithpunct/> <w:useasianbreakrules/> <w:dontgrowautofit/> </w:Compatibility> <w:browserlevel>MicrosoftInternetExplorer4</w:BrowserLevel> </w:WordDocument> </xml><![endif]--><!--[if gte mso 9]><xml> <w:latentstyles deflockedstate="false" latentstylecount="156"> </w:LatentStyles> </xml><![endif]--><!--[if gte mso 10]> <style> /* Style Definitions */ table.MsoNormalTable {mso-style-name:"Tabela normal"; mso-tstyle-rowband-size:0; mso-tstyle-colband-size:0; mso-style-noshow:yes; mso-style-parent:""; mso-padding-alt:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; mso-para-margin:0cm; mso-para-margin-bottom:.0001pt; mso-pagination:widow-orphan; font-size:10.0pt; font-family:"Times New Roman"; mso-ansi-language:#0400; mso-fareast-language:#0400; mso-bidi-language:#0400;} </style> <![endif]--><div style="text-align: center; font-family: trebuchet ms;">Permanecerei <span style="font-style: italic;">sangrando amor</span> em cada espaço-tempo desse labirinto</div><p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt"></p>Fil.http://www.blogger.com/profile/15389794061264749078noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8293742045440440223.post-41167518410710290872011-11-21T15:34:00.000-08:002011-11-21T15:52:00.830-08:00O Labirinto (parte VII ou uma possível saída)<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhgICXjdfBKCp1pEhcoM2vwgbWUCvV6gji-tmYNN_wFpxV7Q5TW89mwhkjZ5HGXk9HOZD6zZgENwGcTntg_1FsoIQ6ywdUQVhCgSY5YJEULQqM_u_xXvmlRfe3xOKGo-tHHvN6rqMJ3cjMd/s1600/MirrorMaze001.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 214px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhgICXjdfBKCp1pEhcoM2vwgbWUCvV6gji-tmYNN_wFpxV7Q5TW89mwhkjZ5HGXk9HOZD6zZgENwGcTntg_1FsoIQ6ywdUQVhCgSY5YJEULQqM_u_xXvmlRfe3xOKGo-tHHvN6rqMJ3cjMd/s320/MirrorMaze001.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5677600744388242018" border="0" /></a><!--[if gte mso 9]><xml> <w:worddocument> <w:view>Normal</w:View> <w:zoom>0</w:Zoom> <w:hyphenationzone>21</w:HyphenationZone> <w:punctuationkerning/> <w:validateagainstschemas/> <w:saveifxmlinvalid>false</w:SaveIfXMLInvalid> <w:ignoremixedcontent>false</w:IgnoreMixedContent> <w:alwaysshowplaceholdertext>false</w:AlwaysShowPlaceholderText> <w:compatibility> <w:breakwrappedtables/> <w:snaptogridincell/> <w:wraptextwithpunct/> <w:useasianbreakrules/> <w:dontgrowautofit/> </w:Compatibility> <w:browserlevel>MicrosoftInternetExplorer4</w:BrowserLevel> </w:WordDocument> </xml><![endif]--><!--[if gte mso 9]><xml> <w:latentstyles deflockedstate="false" latentstylecount="156"> </w:LatentStyles> </xml><![endif]--><!--[if gte mso 10]> <style> /* Style Definitions */ table.MsoNormalTable {mso-style-name:"Tabela normal"; mso-tstyle-rowband-size:0; mso-tstyle-colband-size:0; mso-style-noshow:yes; mso-style-parent:""; mso-padding-alt:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; mso-para-margin:0cm; mso-para-margin-bottom:.0001pt; mso-pagination:widow-orphan; font-size:10.0pt; font-family:"Times New Roman"; mso-ansi-language:#0400; mso-fareast-language:#0400; mso-bidi-language:#0400;} </style> <![endif]-->Anjos retornam ao alto.<br /><div style="text-align: justify;">Siga os sonhos mais brandos, os tais altíssimos fora de mim. Vá, meu lindo. E te perguntarás: “o que foi isso?”.<br /><br />(No fim nada haverá existido)<br />(o tempo e a eternidade)<br />(Diga a <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_0">deus</span>)<br /><br />Celebremos o fim da noite.<br /><br />Doces sonhos coloridos ao manto magenta e fogo. Algo sobre você e tuas profundas cicatrizes, algo sobre a maré que baila em tuas veias, amarga e fugaz. Doces sonhos... Assim eles te <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_1">acalantam</span>.<br /><br />E o universo vibra lá fora, mesmo quando a solidão oculta o véu de santidade da vida. Vá, siga em frente: eles te adorarão. <br /><br /><span style="font-style: italic;">Eu te amei</span>. Te transgredi e amei. Pois bem, brilhe quando puder, seque as lágrimas, abrace. Se lembrares de meus olhos tristonhos, da última nota de nosso adeus (tudo foi, desde o inicio um adeus), sorrias à noite e siga. Ascenda, minha estrela!<br /><br /><span style="font-style: italic;">Amei</span>. Tu que passeou por esse labirinto solitário e beijou uns destroços de insanidade e brilho <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_2">fajuto</span>.<br /><br /><span style="font-style: italic;">Agora vá</span>. Prometa que brilhará para mim e vá... Entrego-te a saída, meu derradeiro fôlego de vida. Obrigado... <br /><br /><div style="text-align: center;"><span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_3">Light</span> <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_4">up</span>!</div></div><p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt"></p>Fil.http://www.blogger.com/profile/15389794061264749078noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8293742045440440223.post-88310053819659951372011-11-19T13:23:00.000-08:002011-11-19T13:38:24.127-08:00O Labirinto (parte VI)<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEguJFxJreqgb-h0nbi3wNA_wYlL6T2cuUVee3kzuRMUOXzC65FI4iGeaoyee00j6r7oM823LtRVmK6iDqLhTvAB3eCGPahqT-C_6knAbfTD9qGfPFAAVFmXuFkSmjgvbKnGSCM5FnsIzuWe/s1600/46832_Papel-de-Parede-Caleidoscopio_800x600.jpg"><img style="float: left; margin: 0pt 10px 10px 0pt; cursor: pointer; width: 291px; height: 219px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEguJFxJreqgb-h0nbi3wNA_wYlL6T2cuUVee3kzuRMUOXzC65FI4iGeaoyee00j6r7oM823LtRVmK6iDqLhTvAB3eCGPahqT-C_6knAbfTD9qGfPFAAVFmXuFkSmjgvbKnGSCM5FnsIzuWe/s320/46832_Papel-de-Parede-Caleidoscopio_800x600.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5676824221516641698" border="0" /></a><br /><!--[if gte mso 9]><xml> <w:worddocument> <w:view>Normal</w:View> <w:zoom>0</w:Zoom> <w:hyphenationzone>21</w:HyphenationZone> <w:punctuationkerning/> <w:validateagainstschemas/> <w:saveifxmlinvalid>false</w:SaveIfXMLInvalid> <w:ignoremixedcontent>false</w:IgnoreMixedContent> <w:alwaysshowplaceholdertext>false</w:AlwaysShowPlaceholderText> <w:compatibility> <w:breakwrappedtables/> <w:snaptogridincell/> <w:wraptextwithpunct/> <w:useasianbreakrules/> <w:dontgrowautofit/> </w:Compatibility> <w:browserlevel>MicrosoftInternetExplorer4</w:BrowserLevel> </w:WordDocument> </xml><![endif]--><!--[if gte mso 9]><xml> <w:latentstyles deflockedstate="false" latentstylecount="156"> </w:LatentStyles> </xml><![endif]--><!--[if gte mso 10]> <style> /* Style Definitions */ table.MsoNormalTable {mso-style-name:"Tabela normal"; mso-tstyle-rowband-size:0; mso-tstyle-colband-size:0; mso-style-noshow:yes; mso-style-parent:""; mso-padding-alt:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; mso-para-margin:0cm; mso-para-margin-bottom:.0001pt; mso-pagination:widow-orphan; font-size:10.0pt; font-family:"Times New Roman"; mso-ansi-language:#0400; mso-fareast-language:#0400; mso-bidi-language:#0400;} </style> <![endif]--> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt; font-family: trebuchet ms;"></p><div style="text-align: justify; font-family: trebuchet ms;">Perdoa? Perdoa minha ruína, esse caminho tortuoso e surreal que tenta ludibriar-te. Perdoa? É que eu preciso mentir para mim mesmo, fugir... Sou esse estranhamento sem lar, uma chuva só de angústia e ares de desencanto. Tudo o que edifiquei, tudo para o lado negro... Essa descida noturna não é minha, até o profundo... E se não me amares... Perdoa, meu lar é teu. <br /><br /><br />Guerreiros pelejam a restauração. Todos somos guerreiros da salvação! Fortes essa noite em nome do Amor.<br /><br />Levante a voz, grite, quebra-me, escale meu maior monumento e grite: é sobre o amor! Corra, livra-te de mim, de meu amor. Siga o som infante à direita da clave de Sol, vire! Não, ali. Acima de ti, atrás do mundo, livre! Mata os flashes e será fácil. <br /><br />Tivemos um o outro; lembra do caminho? Está lá, dois passos da tua fronte, corra. Que ainda esta noite serás feliz. Fora de mim.<br /><br />Anjos caem: <span style="font-style: italic;">é de lá que vieste.</span></div><p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt"></p>Fil.http://www.blogger.com/profile/15389794061264749078noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8293742045440440223.post-42345895483269590452011-11-14T09:26:00.000-08:002011-11-14T09:37:04.810-08:00O Labirinto (parte V)<div style="text-align: justify; font-family: trebuchet ms;">Um segredo: há muito que emudeço em tua presença. Desde o primeiro instante que vislumbrei tua presença, desde o primeiro instante que vislumbrei tua face. E unicamente sou essa escura câmara confusa e espaço labiríntico vazio porque te amo; da primeira vez que vi tua face, essa tua linda face. (porque sempre depois do ápice da formosura, vêm a chuva baixa e o som do coração)<br /></div><div style="text-align: justify; font-family: trebuchet ms;"><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg67D-dv-lU81ZpGfP7MeX9Mzp2Xw9FvMh4rHyQxnoyPpJ7QlYJEyD4_wsI9ZDRcQGGgCuQI7V-5c6s2r23EIE25rj4D-T0uFbqS4B67OEbRgKb4TnzbBWiLXHBlxibxpHDDlifq7YL6Yfd/s1600/1310647494253_f.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 314px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg67D-dv-lU81ZpGfP7MeX9Mzp2Xw9FvMh4rHyQxnoyPpJ7QlYJEyD4_wsI9ZDRcQGGgCuQI7V-5c6s2r23EIE25rj4D-T0uFbqS4B67OEbRgKb4TnzbBWiLXHBlxibxpHDDlifq7YL6Yfd/s320/1310647494253_f.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5674906282675389666" border="0" /></a><br /></div>Fil.http://www.blogger.com/profile/15389794061264749078noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8293742045440440223.post-3957132591484811312011-11-11T15:33:00.000-08:002011-11-11T17:15:50.452-08:00O Labirinto (parte IV)<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgSVPqn02vQebMjI8da-EcanftMXzmvNphoQviM6Xf47LQGXt_M5G-d7dwvotilnvxoqCDG99dtWtKf-YsrVXXQwOcbiGIKi5vuZ3pC4i77YxYp4Fj0jCSwsiGzgLV669cLdUNz21ayZAzB/s1600/caleidoscopio41.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 213px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgSVPqn02vQebMjI8da-EcanftMXzmvNphoQviM6Xf47LQGXt_M5G-d7dwvotilnvxoqCDG99dtWtKf-YsrVXXQwOcbiGIKi5vuZ3pC4i77YxYp4Fj0jCSwsiGzgLV669cLdUNz21ayZAzB/s320/caleidoscopio41.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5673910067634494514" /></a><br /><!--[if gte mso 9]><xml> <w:worddocument> <w:view>Normal</w:View> <w:zoom>0</w:Zoom> <w:hyphenationzone>21</w:HyphenationZone> <w:punctuationkerning/> <w:validateagainstschemas/> <w:saveifxmlinvalid>false</w:SaveIfXMLInvalid> <w:ignoremixedcontent>false</w:IgnoreMixedContent> <w:alwaysshowplaceholdertext>false</w:AlwaysShowPlaceholderText> <w:compatibility> <w:breakwrappedtables/> <w:snaptogridincell/> <w:wraptextwithpunct/> <w:useasianbreakrules/> <w:dontgrowautofit/> </w:Compatibility> <w:browserlevel>MicrosoftInternetExplorer4</w:BrowserLevel> </w:WordDocument> </xml><![endif]--><!--[if gte mso 9]><xml> <w:latentstyles deflockedstate="false" latentstylecount="156"> </w:LatentStyles> </xml><![endif]--><!--[if !mso]><object classid="clsid:38481807-CA0E-42D2-BF39-B33AF135CC4D" id="ieooui"></object> <style> st1\:*{behavior:url(#ieooui) } </style> <![endif]--><!--[if gte mso 10]> <style> /* Style Definitions */ table.MsoNormalTable {mso-style-name:"Tabela normal"; mso-tstyle-rowband-size:0; mso-tstyle-colband-size:0; mso-style-noshow:yes; mso-style-parent:""; mso-padding-alt:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; mso-para-margin:0cm; mso-para-margin-bottom:.0001pt; mso-pagination:widow-orphan; font-size:10.0pt; font-family:"Times New Roman"; mso-ansi-language:#0400; mso-fareast-language:#0400; mso-bidi-language:#0400;} </style> <![endif]--> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt"></p><div style="text-align: justify; font-family: trebuchet ms;">Sente-se completo? Seguro? Machucado? O momento é teu, o céu é teu, dou meu infinitivo segredo-ser ao teu corpo humano. Há de superar as dores, os medos. Encanto aos olhos azuis com coragem, de ser, Livre. Aqui em mim e hoje-ternamente estarei em ti. Pois então não diga nada, sorria às cicatrizes e creia: a luz é toda tua... <br /><div style="text-align: center;"><br /><br /></div>A flecha negra rebentou e agora <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_0">demônios</span> atraídos antes por seu sono e <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_1">acalanto</span>, vêm famintos. A árvore da vida renasce e tu estás nela num novo instante! És o rei! A <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_2">benção</span> e os caminhos são os teus próprios. Questiona-te, onde estou, onde sou? Tudo é meu? Tudo isso sou eu? É magia.<br /><br />Perduram alguns muitos passos a serem dados nesse salão. O próximo <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_3">descaminho</span> é o meu favorito (chegamos onde eu te digo “estarei contigo”). Eu te acolho e tu paras com a procura do fim; meus laços são o teu lar, essas entranhas infindáveis. Eu te deixaria ir, dizer adeus e me deixar chorar... Mas eu te tive. A multidão se encanta com teu <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_4">vôo</span>. As asas se encantam e eu fujo com teu canto. Temo-nos livres! A Lua recresce com o jardim em mil perfumes e temo-nos um no <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_5">vôo</span> do outro. Livre! Livre! Em meu colo te protejo... Um passo eterno, ah, podia ser tão eterno. Está bem, eu estarei contigo. Te protejo em meu corpo e somos a mesma <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_6">luminescência</span> alva rósea pura. Vá, eu permito, vá com teu destino, eu quero te amar mesmo de longe (e tu retornas e me pegas no colo).<br /><br />Deus está aqui. Ele e todos os santos. O meu <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_7">deus</span> e os meus santos cantarão <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_8">conosco</span> no coração desse jardim o que canta teu coração: <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_9">Cry</span> me a <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_10">river</span>.<br /><br />É doce e lindo. A multidão acompanha e até poderia chorar: emoção entoa até o limite. Mas não, não... Deixa brilhar <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_11">frescor</span> e orvalhar em nossa pele morena. <i><span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_12">Cry</span> me a <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_13">river</span>... </i></div><div style="text-align: justify; font-family: trebuchet ms;"><i><br /></i></div><div style="text-align: right;font-family: 'trebuchet ms'; "><a href="http://antropofagismo.blogspot.com/2011/11/o-labirinto-parte-iii.html?spref=bl" style="font-family: Georgia, serif; text-align: left; ">(parte III)</a></div>Fil.http://www.blogger.com/profile/15389794061264749078noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8293742045440440223.post-18672655042275312182011-11-09T15:42:00.000-08:002011-11-09T16:05:13.318-08:00O Labirinto (parte III)<div style="text-align: justify;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhKW_ESg_rEt-TqZSfRh8sZLDOjJvcUW4kVs33TQ3rb-h38eqERD1qxB0eBPeQ1kTMwzQpacM-xz0VZHCzc_0pIxSSOQV7xzsQsMYhHpHfWtMLZDwA8IFjwXb-IfasQkqaMIDfYpD2281v-/s1600/1255018379881_f.jpg"><img style="float: left; margin: 0pt 10px 10px 0pt; cursor: pointer; width: 276px; height: 206px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhKW_ESg_rEt-TqZSfRh8sZLDOjJvcUW4kVs33TQ3rb-h38eqERD1qxB0eBPeQ1kTMwzQpacM-xz0VZHCzc_0pIxSSOQV7xzsQsMYhHpHfWtMLZDwA8IFjwXb-IfasQkqaMIDfYpD2281v-/s320/1255018379881_f.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5673148109688437058" border="0" /></a><!--[if gte mso 9]><xml> <w:worddocument> <w:view>Normal</w:View> <w:zoom>0</w:Zoom> <w:hyphenationzone>21</w:HyphenationZone> <w:punctuationkerning/> <w:validateagainstschemas/> <w:saveifxmlinvalid>false</w:SaveIfXMLInvalid> <w:ignoremixedcontent>false</w:IgnoreMixedContent> <w:alwaysshowplaceholdertext>false</w:AlwaysShowPlaceholderText> <w:compatibility> <w:breakwrappedtables/> <w:snaptogridincell/> <w:wraptextwithpunct/> <w:useasianbreakrules/> <w:dontgrowautofit/> </w:Compatibility> <w:browserlevel>MicrosoftInternetExplorer4</w:BrowserLevel> </w:WordDocument> </xml><![endif]--><!--[if gte mso 9]><xml> <w:latentstyles deflockedstate="false" latentstylecount="156"> </w:LatentStyles> </xml><![endif]--><!--[if gte mso 10]> <style> /* Style Definitions */ table.MsoNormalTable {mso-style-name:"Tabela normal"; mso-tstyle-rowband-size:0; mso-tstyle-colband-size:0; mso-style-noshow:yes; mso-style-parent:""; mso-padding-alt:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; mso-para-margin:0cm; mso-para-margin-bottom:.0001pt; mso-pagination:widow-orphan; font-size:10.0pt; font-family:"Times New Roman"; mso-ansi-language:#0400; mso-fareast-language:#0400; mso-bidi-language:#0400;} </style> <![endif]--><span style="font-family:trebuchet ms;">Nos verdes olhos de teu amado? </span><br /><br /><span style="font-family:trebuchet ms;">Ascende como príncipe e o azul mistura-se com a aquela aquarela de ilusão que não se finda. </span> <span style="font-family:trebuchet ms;">Te vejo através de teus olhos, te vejo no paraíso, nas estrelas, vivendo por toda essa triste devoção. Abrace o ventre, ore para o dançarino astral, creia... Príncipe, meu príncipe perdido. </span><br /><br /><span style="font-family:trebuchet ms;">Te beijo. </span><br /><br /><span style="font-family:trebuchet ms;">Amor no centro de tudo. Meu cativo, as raízes morrem, eu desmorono; sou a noite - nua - e você minha mística luna. Não posso... Não deveria: sou labirinto e me perdi em teu corpo! Mal posso respirar. Deixa-me sozinho? Procure meu fim, dia após dia, abandone-me.<br /><br />Eu não posso respirar.<br /><br /></span><span style="font-family:trebuchet ms;">O azul é meu! Que devora todo o espaço, esse espírito ciano de dor. </span> <span style="font-family:trebuchet ms;">Príncipe, no centro, venha! Desfaça-me... E eu já não respiro sem ti. </span> <span style="font-family:trebuchet ms;">Pois é lindo... </span> <!--[if gte mso 9]><xml> <w:worddocument> <w:view>Normal</w:View> <w:zoom>0</w:Zoom> <w:hyphenationzone>21</w:HyphenationZone> <w:punctuationkerning/> <w:validateagainstschemas/> <w:saveifxmlinvalid>false</w:SaveIfXMLInvalid> <w:ignoremixedcontent>false</w:IgnoreMixedContent> <w:alwaysshowplaceholdertext>false</w:AlwaysShowPlaceholderText> <w:compatibility> <w:breakwrappedtables/> <w:snaptogridincell/> <w:wraptextwithpunct/> <w:useasianbreakrules/> <w:dontgrowautofit/> </w:Compatibility> <w:browserlevel>MicrosoftInternetExplorer4</w:BrowserLevel> </w:WordDocument> </xml><![endif]--><!--[if gte mso 9]><xml> <w:latentstyles deflockedstate="false" latentstylecount="156"> </w:LatentStyles> </xml><![endif]--><!--[if gte mso 10]> <style> /* Style Definitions */ table.MsoNormalTable {mso-style-name:"Tabela normal"; mso-tstyle-rowband-size:0; mso-tstyle-colband-size:0; mso-style-noshow:yes; mso-style-parent:""; mso-padding-alt:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; mso-para-margin:0cm; mso-para-margin-bottom:.0001pt; mso-pagination:widow-orphan; font-size:10.0pt; font-family:"Times New Roman"; mso-ansi-language:#0400; mso-fareast-language:#0400; mso-bidi-language:#0400;} </style> <![endif]--><br /></div><span style="font-family:trebuchet ms;"><br /></span><div style="text-align: justify;"><span style="font-family:trebuchet ms;">Teus ombros, meus umbrais: eu Te possuo eu Te preciso, há tanto que preciso... Esse castelo jaz todo abandonado e vazio. Meu homem. Seguro teu peito, eu te prometo. Se te assustares, abraçar-te-ei com alvo gozo e continuará lindo... </span><br /><br /><div style="text-align: right;"><a href="http://antropofagismo.blogspot.com/2011/10/o-labirinto-parte-ii.html?spref=bl">(parte II)</a><br /></div></div><p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt"></p>Fil.http://www.blogger.com/profile/15389794061264749078noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8293742045440440223.post-71612217925646244192011-10-28T16:59:00.000-07:002011-10-28T17:14:24.038-07:00O Labirinto (parte II)<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhhGHTqP211CH-cd5oAWTzcfM4rm6CfjH8pszGZcCz7r26KpVzYx8eM-R3ZpS9gGOR1jt915GUX16hFf_sCbgqPtQ-4ZHfqGB4X2hyphenhyphenH0hdgNhm2p76gdjn9r9Zyfy8awJo9l5AO6ojaA7IH/s1600/caminhando+caleidosc%25C3%25B3pio+001.JPG"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 240px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhhGHTqP211CH-cd5oAWTzcfM4rm6CfjH8pszGZcCz7r26KpVzYx8eM-R3ZpS9gGOR1jt915GUX16hFf_sCbgqPtQ-4ZHfqGB4X2hyphenhyphenH0hdgNhm2p76gdjn9r9Zyfy8awJo9l5AO6ojaA7IH/s320/caminhando+caleidosc%25C3%25B3pio+001.JPG" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5668699077592298402" border="0" /></a><!--[if gte mso 9]><xml> <w:worddocument> <w:view>Normal</w:View> <w:zoom>0</w:Zoom> <w:hyphenationzone>21</w:HyphenationZone> <w:punctuationkerning/> <w:validateagainstschemas/> <w:saveifxmlinvalid>false</w:SaveIfXMLInvalid> <w:ignoremixedcontent>false</w:IgnoreMixedContent> <w:alwaysshowplaceholdertext>false</w:AlwaysShowPlaceholderText> <w:compatibility> <w:breakwrappedtables/> <w:snaptogridincell/> <w:wraptextwithpunct/> <w:useasianbreakrules/> <w:dontgrowautofit/> </w:Compatibility> <w:browserlevel>MicrosoftInternetExplorer4</w:BrowserLevel> </w:WordDocument> </xml><![endif]--><!--[if gte mso 9]><xml> <w:latentstyles deflockedstate="false" latentstylecount="156"> </w:LatentStyles> </xml><![endif]--><!--[if !mso]><object classid="clsid:38481807-CA0E-42D2-BF39-B33AF135CC4D" id="ieooui"></object> <style> st1\:*{behavior:url(#ieooui) } </style> <![endif]--><!--[if gte mso 10]> <style> /* Style Definitions */ table.MsoNormalTable {mso-style-name:"Tabela normal"; mso-tstyle-rowband-size:0; mso-tstyle-colband-size:0; mso-style-noshow:yes; mso-style-parent:""; mso-padding-alt:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; mso-para-margin:0cm; mso-para-margin-bottom:.0001pt; mso-pagination:widow-orphan; font-size:10.0pt; font-family:"Times New Roman"; mso-ansi-language:#0400; mso-fareast-language:#0400; mso-bidi-language:#0400;} </style> <![endif]--><span style="font-family: trebuchet ms;">Doeu tanto enquanto não entravas totalmente nesseudomínio... Inflamou!</span><br /><div style="text-align: justify;"><br /><span style="font-family: trebuchet ms;">Amar nunca fez sentido. </span><br /><br /><span style="font-family: trebuchet ms;">Hey, como você se sente? Em tempo, nessa noite infinita, sentirás o bom. Se sonhares. </span><br /><br /><span style="font-family: trebuchet ms;">Uma multidão anseia o teu vislumbre;</span><br /><span style="font-family: trebuchet ms;">(libélulas sorriem com a ponta dos pés, beijando o fôlego do vento) </span><br /><br /><span style="font-family: trebuchet ms;">A multidão vê, extasiada, a tua corrida surtada. Onde fica a saída? Onde retorna? Apenas fique, meu bem. Fique bem e o mundo agradecerá levantando as mãos. </span><br /><br /><span style="font-family: trebuchet ms;">Agora os meninos se foram; gritos; alegria pura. Qual é a cor do momento? Talvez agradaria uma brisa morna-marítima. Um oceano e sereias esculpidas por Fídias. Seduza-me com teu canto sem retorno, timbre abençoado! Navegue os sete mares, descubra mais sete. Tudo sem dor ou fé em Netuno. Aqui. Pegue teu coração como se </span><span style="font-style: italic; font-family: trebuchet ms;">fosse</span><span style="font-family: trebuchet ms;"> seu e o eleve – para que as marés de fúria não o atinjam. Espera. O fogo superabundou, o pátio está tomado por mãos em chama. No ápice do altar a última nereida ressoa a sua ultima alta nota. E o fogo se apaga em teus olhos... </span><br /><br /><span style="font-family: trebuchet ms;">Agora, em que direção?</span><br /><!--[if gte mso 9]><xml> <w:worddocument> <w:view>Normal</w:View> <w:zoom>0</w:Zoom> <w:hyphenationzone>21</w:HyphenationZone> <w:punctuationkerning/> <w:validateagainstschemas/> <w:saveifxmlinvalid>false</w:SaveIfXMLInvalid> <w:ignoremixedcontent>false</w:IgnoreMixedContent> <w:alwaysshowplaceholdertext>false</w:AlwaysShowPlaceholderText> <w:compatibility> <w:breakwrappedtables/> <w:snaptogridincell/> <w:wraptextwithpunct/> <w:useasianbreakrules/> <w:dontgrowautofit/> </w:Compatibility> <w:browserlevel>MicrosoftInternetExplorer4</w:BrowserLevel> </w:WordDocument> </xml><![endif]--><!--[if gte mso 9]><xml> <w:latentstyles deflockedstate="false" latentstylecount="156"> </w:LatentStyles> </xml><![endif]--><!--[if gte mso 10]> <style> /* Style Definitions */ table.MsoNormalTable {mso-style-name:"Tabela normal"; mso-tstyle-rowband-size:0; mso-tstyle-colband-size:0; mso-style-noshow:yes; mso-style-parent:""; mso-padding-alt:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; mso-para-margin:0cm; mso-para-margin-bottom:.0001pt; mso-pagination:widow-orphan; font-size:10.0pt; font-family:"Times New Roman"; mso-ansi-language:#0400; mso-fareast-language:#0400; mso-bidi-language:#0400;} </style> <![endif]--> <span style="font-family: trebuchet ms;">(Palhaços angelicais saltitam na festividade do Cisne Sonhador Rubro. Hallelujah! A luz, a luz! Onde está você?)</span><br /><br /><div style="text-align: right;"><a href="http://antropofagismo.blogspot.com/2011/10/o-labirinto-parte-i.html?spref=bl">(parte I)</a><br /></div></div><p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt"></p>Fil.http://www.blogger.com/profile/15389794061264749078noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-8293742045440440223.post-77892055823717626822011-10-13T16:35:00.000-07:002011-10-13T17:29:50.711-07:00<span style="font-family: trebuchet ms;">Vale à pena dizer o que já foi dito?</span><br /><div style="text-align: justify; font-family:trebuchet ms;"><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:100%;">Vale à pena sentir o que já foi sentido?<br />E se for tudo precioso, viveria eu contente com o que já foi vivido?<br /><br />Sabe porquê ainda te amo? Porque ainda não travei diálogo com Sócrates. Eis-me então desconstruindo tua bela aura:<br /><br />" Os estilhaços perfurocortantes não feriram meu olhar. Te expulso da redoma sagrada e nem me atinge, nem me dói. Desnudei-te e vi mil chagas pintando a tuas epiderme clara e fraca - é humano, é mortal imoral. O que conheço bem sei que é falso: o salitro dos húmidos olhos verdes teus hoje secou, agora fecha-se, muta e nada é capaz de se apaixonar. Quando te amo, primeiro segundo após você já é outro, e corro para te amar de novo, mas foges daninho. Ai! Que essa adoração furta-me a cor e o fôlego.<br /><br />Pára e morre! E poderei te ter, congelado.<br /><br />Quem te és? Eu, ele, você, nada exato e Deus cometendo erros. Presta atenções, não sou agraciado de relevação divina, tu não és meu anjo, presta atenções.<br /><br />Suspirei outrora sob o espelho. Abriste tua boca para dizer-me honestidade e o reflexo veio devasso. Só atingi meu alvo romântico ao olhar a imagem da tua imagem em minha imagem. E morrias de novo cada segundo novo.<br /><br />Então... Há auge de glória no meu sentimento? Houve autenticidade... Todo passado é autêntico. Se repete, acrescenta. O que eu amo é cada vez maior; eu amo cada vez maior.<br /><br />(e a maiêutica prometida?)<br /><br />Ora! Então o que te amo não é você.<br /><br />Homem, quando te levei para o alto trágico nem me dei conta de que erguia uma ideia enquanto matéria despencava. O que quero é a tua alma quebradiça. Lindo monte de ossos.<br /><br />Remanescências estão atentas a me cegar. Deixa eu dizer: se te adoro é por puro cansaço. Tu não és um mito, é hora de eu descansar dessa exausta elevação fortuita.<br /><br />(e a maiêutica prometida?)<br /><br />Ah, caí; deixarei o próximo botão falecer em pétalas de amor. Eu nunca atinjo ômega algum. Caio - sempre - no jardim dos desertados.</span><span style="font-family:trebuchet ms;"> É que de fato não quereria tudo isso cá dentro."</span><br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgmiToE14HxJwUTyf-i27wP6_S5TU7RL2jxyMwMaOKiW7N_22nQOzmA9_B8yPw3sNAa58xMJo_qlaX6wl-RcPxiQ1G2ux4I5P0qwFcml-rbMYFUSbbRbfcKnpabYHHt_bM2PNehGjFY98nt/s1600/b78470704z120090213122931000gs7gi9jk1_lg.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 285px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgmiToE14HxJwUTyf-i27wP6_S5TU7RL2jxyMwMaOKiW7N_22nQOzmA9_B8yPw3sNAa58xMJo_qlaX6wl-RcPxiQ1G2ux4I5P0qwFcml-rbMYFUSbbRbfcKnpabYHHt_bM2PNehGjFY98nt/s320/b78470704z120090213122931000gs7gi9jk1_lg.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5663138378236564002" border="0" /></a><br /><span style="font-family:trebuchet ms;">Mas por </span><span style="font-style: italic; font-family:trebuchet ms;" >você</span><span style="font-family:trebuchet ms;">...</span><br /><br /><br /></div>Fil.http://www.blogger.com/profile/15389794061264749078noreply@blogger.com2