domingo, 26 de dezembro de 2010

O Coração de Tudo

Tão obcecado por cicatrizes... Porque que o mundo não choca, não mais.
"Dá-me algo para sangrar."

Ele quer desvendar o tecido profundamente ferido desse mundo.
"Que 2012 chegue incontinenti e cético, metamórfico."

Tenta à putrefação. A alma em decomposição quer fazer essência.
"Meu máculo jaz ressurreto nas células-verme."

O príncipe injuriado não merece julgamento (o divino nem o enxerga).
"Deus me abandonei. Estou completamente anestesiado"


Que fará o pobre virtuoso com tamanho diadema de indiferença? Não há o que brilhe mais do que essa sua jóia maldita, carregada do que antes causava espasmos de vida - agora mobilizados e inutilizados.

Espasmos de morte? O salvariam? Achas mesmo? Esses congelaram no interior do magma cardíaco.

A cruz está vazia, garoto. A sepultura até ecoa os risos de Madalena, então mira-te no espelho e vejas que teu semblante já venceu a treva! O salvador vive! Em teus olhos...
"Minha irreligião só obedece os preceitos do Universo. Em mim vive a cegueira psicodélica da aurora boreal, essencialmente."

A Aurora Boreal revela: existe um enigma nas cores que o infinito escapa à Terra Noturna: um coração noturno não escapa às cores infinitas do enigma da terra. Não estás preso ao preto e branco. O lamento vem da vibração do teu espectro adormecido. Vibra, corre e subverte. Estás vivo, pequeno cometa humano.



"Eu viajarei além das fronteiras do buraco negro que consome minhas vontades, minha calda será o tributo às lágrimas falecidas no caminho. Que caminho? Até o Trono?"
Sim. Esse é o coração de tudo.

Magia, Paixão e Poesia - Decifra-me enquanto te Devoro

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