Coca-Cola não tem o mesmo sabor de lirismo da taça de champagne a meia-noite.
Trinta e um de dezembro. Ava driblava a euforia, ofegante. Insistia em aprisionar a alma em movimentos controlados, fixando cada passo num alvo, objetivando a vida; tudo haveria de ter um fim justificável e se este não era óbvio, abominava-o; como quem segura o talento para a alegria numa pista de dança... Ava planejava até a adrenalina (tudo para ter controle).
Nada de bebidas, nada de fumos e êxtases. Seria vergonhoso acordar dia seguinte e ter parte da memória roubada pelo álcool ou qualquer essência alucinógena. A vida por si só já a levava até o indizível e ali, bem ali onde ela não tocava em grades de uma jaula, estava seu maior temor. A liberdade imposta.
-Hora de vestir-se como respeitável jovem otimista e curtir os fogos - com moderação! Moderação de freira.
Não deixava de ser nudismo aquele todo cuidado com a vida. Assim expunha tão à flor da pele e à luz do mundo sua casca sensível. Era como se virasse do avesso, e para si tornava aquela parte espinhosa - impiedosa que era para com seu próprio coração.
-Hora de dirigir-se até a residência dos amigos, fraternos inimigos.
Completo silêncio. Onde estará a comemoração? O Ano Novo sempre é trágico, Avinha... Todos estão do avesso, machucados por si, tentando fingir uma desilusão, desiludindo mais uma vez. É um ritual, uma aliança anual para com a falsidade própria.
E ficas assim, desapontada consigo. A hora marcada traz? A agenda assegura? O compromisso eterniza?
Que tal "não"??
O segredo nem sempre esconde, muitas das vezes ele protege. E a surpresa, essa sim vive.
Ava está conflitando em pleno fim de vida-2010.
-Hora de quê?
De beber teus beijos! Vem até mim.
- Quem és tu?
O escuro.
Ava está cansada da fadiga.
É hora de sentir o coração bater. Dançar no escuro.
Bye bye mundo exato de maleficências! (porque é a única exatidão que temos, que o mundo é mau)
Nada de bebidas, nada de fumos e êxtases. Seria vergonhoso acordar dia seguinte e ter parte da memória roubada pelo álcool ou qualquer essência alucinógena. A vida por si só já a levava até o indizível e ali, bem ali onde ela não tocava em grades de uma jaula, estava seu maior temor. A liberdade imposta.
-Hora de vestir-se como respeitável jovem otimista e curtir os fogos - com moderação! Moderação de freira.
Não deixava de ser nudismo aquele todo cuidado com a vida. Assim expunha tão à flor da pele e à luz do mundo sua casca sensível. Era como se virasse do avesso, e para si tornava aquela parte espinhosa - impiedosa que era para com seu próprio coração.
-Hora de dirigir-se até a residência dos amigos, fraternos inimigos.
Completo silêncio. Onde estará a comemoração? O Ano Novo sempre é trágico, Avinha... Todos estão do avesso, machucados por si, tentando fingir uma desilusão, desiludindo mais uma vez. É um ritual, uma aliança anual para com a falsidade própria.
E ficas assim, desapontada consigo. A hora marcada traz? A agenda assegura? O compromisso eterniza?
Que tal "não"??
O segredo nem sempre esconde, muitas das vezes ele protege. E a surpresa, essa sim vive.
Ava está conflitando em pleno fim de vida-2010.
-Hora de quê?
De beber teus beijos! Vem até mim.
- Quem és tu?
O escuro.
Ava está cansada da fadiga.
É hora de sentir o coração bater. Dançar no escuro.
Bye bye mundo exato de maleficências! (porque é a única exatidão que temos, que o mundo é mau)
Estou nascendo, e antes da meia noite, em 2010, livre!

Os Fogos são para mim!
haha! :D - Vamos ter o que é nosso! 2011 uhuuuu!
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