quarta-feira, 9 de novembro de 2011

O Labirinto (parte III)

Nos verdes olhos de teu amado?

Ascende como príncipe e o azul mistura-se com a aquela aquarela de ilusão que não se finda. Te vejo através de teus olhos, te vejo no paraíso, nas estrelas, vivendo por toda essa triste devoção. Abrace o ventre, ore para o dançarino astral, creia... Príncipe, meu príncipe perdido.

Te beijo.

Amor no centro de tudo. Meu cativo, as raízes morrem, eu desmorono; sou a noite - nua - e você minha mística luna. Não posso... Não deveria: sou labirinto e me perdi em teu corpo! Mal posso respirar. Deixa-me sozinho? Procure meu fim, dia após dia, abandone-me.

Eu não posso respirar.

O azul é meu! Que devora todo o espaço, esse espírito ciano de dor. Príncipe, no centro, venha! Desfaça-me... E eu já não respiro sem ti. Pois é lindo...

Teus ombros, meus umbrais: eu Te possuo eu Te preciso, há tanto que preciso... Esse castelo jaz todo abandonado e vazio. Meu homem. Seguro teu peito, eu te prometo. Se te assustares, abraçar-te-ei com alvo gozo e continuará lindo...

Um comentário:

  1. você faz a gente se perder, literalmente. quanta complexidade e beleza junta!

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