terça-feira, 12 de julho de 2011

texto vagabundo

Estou há dias tentando escrever algo decente (não no sentido moral na palavra, não, nunca, jamais). Mas é que não paro para planejar meus textos faz uma boa temporada, nada me vem "leve e alado" - Platão que me perdoe!!

Tudo está tão cuspido, e minha boca está seca. Estou tentando, tentando, mas não restou umidade alguma aqui. Babe, nem sei se devo pedir perdão! Porque afinal, esse espaço é meu, feito para salvar meu eu. Se tu lê, é um tesão imenso sim... Mas mesmo que o mundo fosse morte (e bem que é), eu escreveria, escreveria, escreveria... Mesmo que meu peito estivesse estéril da fé de existir um Deus ouvindo a prece da minha poesia doída. Ah... Eu escreveria, escreveria, escreveria.

Tão mal, tão sem nexo - tal qual sem sexo. Assim, tentando destilar essa inquietação, verter em lágrima-verbo. Não dá certo... Apenas correm dedos pelas teclas, letras que são minhas e escapam. Não tenho história para envolver-vos: eu mesmo ando tão largado às traças, reciclando e juntando um lixo... De sonhos. Será que caí para sempre?

O pior de tudo é que tudo é real.

Escrevo sobre mim, interesse ou não. E não interessa, estou fadigado da minha pessoa boba, despedaçada. O paradigma desse quebra cabeça que mantém minha mente alta é: não consigo abdicar de minha existência. Já não posso me matar, morrer não faz sentido, viver pouco ainda. E escrever? Escrever, escrever, escrever, assim sem um 'aim' a atingir. Bichos, bichas, numa noite de férias, numa noite (mais uma) de dor de cabeça, de falta de serotonina, ouvindo Placebo, tentando preencher meu ego de algo que preste ou macule, apenas escrevo.

Para expulgar, exorcisar, resgatar, entender... Não. Para nada.

Desculpa a falta de revisão, de literatura, de magia ou poesia. É que estou um caco já faz um mês, tentei reerguer castelos n'uns e outros posts anteriores, tentei dizer: ei, sou sonhador. Desisto. A verdade é que ando desistindo e resistindo... É irresistível, não dá.

Deus? Chame a ambulância?

Deus, não me deixes, não me guie cegamente.

Eu te acharei! E terei uma boa história para contar, então. Agora, deixe-me lutar, com lágrimas e sorrisos, morrendo na cama... Deixe-me sangrando na cama like pierrot, the clown.

2 comentários:

  1. Pô, Fil: Pára de ler minha mente e contar pra desconhecidos como minha alma dói! Só eu tenho o direito de gritar ao mundo como viver pesa, pra mim. E que seja a última vez que você escreve, com as tuas palavras AS MINHAS ANGÚSTIAS!

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  2. Faço de cada uma de suas palavras exaustas minha exaustidão. A vida cansa,e não espera nosso descanso.
    É viver ou viver, a única escolha é o modo. O resto é ilusão.

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