sexta-feira, 27 de maio de 2011

La Mort


"Eve pode morrer em paz. Perdeu o motivo e a luz da salvação, passo a passo, rendida pelo mal... Eve pode abrir as ventas da vida, o sangue escorre debaixo d'agua, o corpo afogado de angústia e desolo. Enfim, Eve pode morrer..."

Não venhas tu dizer que sente muito. Tudo inicia com boas intenções quando o romance é novo; você tentando mudá-la, escondendo a penúmbra com incandescência artificial, beijando-a com amargo sabor. Como se depois do arrebol vespertino não houvesse treva na encruzilhada! Pensa que muito ajudou tornando-a dependente do teu sujo favor. Favor, porque aquele veneno degustado qual vinho nunca jamais nem deve ser nomeado amor. Nega tua lágrima agora! Eu bem vejo todo o vazio que escondes. O cravo que cuspiste na sepultura logo apodreceu, querido. Da vez que pisou, da vez que rompeu as artérias, da vez que mentiu promessas, da vez que fingiu carícias, da vez que salteou santidade. Deus resguardou todas. Então não adianta lavar as mãos, o paraíso jaz cravado em ti, quando apunhalaste a Vida. Acabou... Vá viver teu insigne rastejo.

"Sou eu quem à Eve velejo...
(até a consolação eterna)"

Magia, Paixão e Poesia - Decifra me enquanto te Devoro

Um comentário:

  1. como sempre, você é todo paixão-magia *-------------*

    bom é poder voltar aqui e degustar suas palavras (:

    beijas, meu lindo :*
    s2

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