
Ele tem os tais tesouros encantados e um unicórnio no estábulo real. E do lado de fora do aposento, rugem os ventos do esquecimento, prontos a apagar qualquer vestígio da má lembrança. Mas ele hesita, observa as folhas dançando perdidas e quer. Quer manter a memória vívida no pretérito.
Quantas madrugadas insones caminhando nos halls do castelo, apenas esperando o tempo de resgatar a princesa? Quantas solidões emprestadas de suas ausências nos contos de fada (a heroína brilhava mais, sempre mais)? E quando o dia se confundia com a noite em cada canto lúgubre. Um dragão trancado no porão, em pó e depressão. Ah! Se houvesse um momento de glória, um beijo de despertar, um êxtase que fosse. Porém era sempre ele quem volvia o despertar, quem doava a vida - riqueza e salvação - e presenteava galardão de final feliz. Onde estava o seu?
Final?
Todo instante que sorria, suas mãos tremiam. Era a mísera falta de uma mão que lhe entregasse: o dom, a alegria, a humildade ou mesmo a morte. Que fosse um silêncio! Mas fosse acompanhado de uma mão na sua. Porque ele tem todos os tesouros do mundo encantado e uns mil e um contos para brilhar no fim, entretanto seu princípio queima de vazio.
E ele não quer esquecer, quer procurar em vestígios do que já se foi em cavalgadas de páginas e vozes na cabeceira de uma cama, algum calor que o havia entregue sopro de vida. Havia, sim! Numa época remota ele fora amado. Antes de nascer, fora amado.
Tinha que ser... Por favor?
Amado.
Quantas madrugadas insones caminhando nos halls do castelo, apenas esperando o tempo de resgatar a princesa? Quantas solidões emprestadas de suas ausências nos contos de fada (a heroína brilhava mais, sempre mais)? E quando o dia se confundia com a noite em cada canto lúgubre. Um dragão trancado no porão, em pó e depressão. Ah! Se houvesse um momento de glória, um beijo de despertar, um êxtase que fosse. Porém era sempre ele quem volvia o despertar, quem doava a vida - riqueza e salvação - e presenteava galardão de final feliz. Onde estava o seu?
Final?
Todo instante que sorria, suas mãos tremiam. Era a mísera falta de uma mão que lhe entregasse: o dom, a alegria, a humildade ou mesmo a morte. Que fosse um silêncio! Mas fosse acompanhado de uma mão na sua. Porque ele tem todos os tesouros do mundo encantado e uns mil e um contos para brilhar no fim, entretanto seu princípio queima de vazio.
E ele não quer esquecer, quer procurar em vestígios do que já se foi em cavalgadas de páginas e vozes na cabeceira de uma cama, algum calor que o havia entregue sopro de vida. Havia, sim! Numa época remota ele fora amado. Antes de nascer, fora amado.
Tinha que ser... Por favor?
Amado.
Magia, Paixão e Poesia - Decifra me enquanto te Devoro
Quem dera eu tivesse o teu dom para escrever, e principalmente para fazer analogias.
ResponderExcluirMe encantei com o teu blog e com as suas palavras que parecem ir da tela para o meu coração. Eu leio os teus textos e sinto as palavras se tornando verdade <3