terça-feira, 5 de abril de 2011

Requiem


Anônimos circuncidam a vida, silenciosamente resignados. Com seus passos, com seus traços. O vento vai e vem tão louco. Vai e vem;

Os telhados se desmancham com as chuvas, as esquinas escurecem desejos e a luz dos faróis cessam de transgredir a treva sacro adorada. Treva sagrada;

Sons imergem na atmosfera; um fluir de águas, fluir de prantos, a gargalhada ébria borbulhando nos ares noturnos. Um tiro, uma prece; E o amém.

Então vem a soturna hora. Tão fácil, tão digno, a Morte dança com a benção do Deus, tocando a alma do mundo. Coisas que acontecem apenas uma vez: ela se agasalhava com os carinhos do frio, velando o próprio corpo, de volta para a casa.

"Agnus Dei, qui tollis peccata mundi, dona eis requiem
Agnus Dei, qui tollis peccata mundi, dona eis requiem
Agnus Dei, qui tollis peccata mundi, dona eis requiem sempiternam"

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