Soneto Ocioso -__-
Que se faz do poeta nas tardes a vagar,
balbuciando fonemas d'um outro mundo,
bocejando desejos d'algo tão profundo
quando a luz passa preguiçosa e devagar?
Onde se esconde o vento, aos ouvidos roçar?
Outrora dançando profano e imundo,
hoje sussurra tal qual um moribundo
nem prece nem regozijo; é um divagar
Sobre-nada derramado em azeite
num corpo deitado, sagrado e bruto.
Diamante, intacto poeta em deleite.
E de verso em ócio, todo poema é fruto,
lágrima é virtude; dor, sangue e cicatriz, enfeite.
É ócio, é aquilo de poesia e perdição: desejo mútuo.
adoro vir aqui porque eu sei que vou encontrar versos fortes, polêmicos, impactantes.
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