domingo, 2 de janeiro de 2011

Forbidden Colours

Outras horas, novo tempo? A chuva é a mesma, a que escorre pelas folhas da roseira brincando de queda até a grama viva do jardim. Sempre tem aquela gota que beija a pétala aveludada num espetáculo de singela poesia, mas morre e se desfaz colidindo com o espinho. Sempre tem eu...
As cores da madrugada se escondem em meus olhos, semicerrados à realidade. O maior vislumbre ascende na magia do que é proibido. São cores que o mundo protege, cores que habitam o choro do nascimento e a emoção da morte. O brilho dos céus mente que é divino - Deus é que é. Preso ao meu olhar proibído, eu beijo Suas cores.
Outras cores, novas horas? Tudo ilusão. O ano é novo cada vez que o dia morre na escuridão da madrugada. Vês? Não? Então sente. Tudo é como antes... A vida, os dias, a solidão, as rosas e o teu espinho. Apenas as cores se misturam, insanas, ao sabor das ondas do tempo. Proibidas- Intocáveis.

Tudo exatamente como antes. As novas horas se vão como as antigas. Enlace. O nó é que muda: Está mais forte, obrigado.
O Nó se esconde, muta, bem dentro da alma.
Meu amor vestido de cores proibidas.



4 comentários:

  1. Lindo texto....linda música....lindo blog!
    'Meu amor vestido de cores proibidas' Foi a frase que 'interpretou' meu dia...obrigada por isso!
    beijos e parabéns pela sensibilidade!

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  2. a chuva pode ser a mesma, mas o sol é sempre diferente :)

    beijas, moço :*

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  3. Humm, blog ótimo! Eu gosto de textos assim, que parecem exalar um vermelho piscante, que nos absorve e devolve novamente pintado, com novas cores, tão vivas.

    adorei querido.
    beijos.

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  4. Adorei o texto e minha parte preferida foi 'Tudo exatamente como antes. As novas horas se vão como as antigas. Enlace. O nó é que muda: Está mais forte, obrigado.'. Muito doce e ainda assim com seu toque de pimenta. Beijão :*

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