terça-feira, 2 de novembro de 2010

Finados

Mentira!

Que não se finda o carinho e a lembrança. Nem que eu morra, que todos também morram. A memória ficará guardada nas estrelas.

Marianys morrem aos quinze, a bagagem cheia de sonhos;
Luises enlaçam a vida e beijam a morte com o ser ofegante de dor;
Vivaldas descansam no riso no meu coração pulsante...



Pulsante de saudade, vó.

" Com o pôr do sol mais lindo que meus
olhos já vislumbraram, em tarde de inverno
levaste a luz e a alegria de toda uma família,
de gerações que em ti depositam, hoje,
o pranto de doídos corações.

Eras tu puro carinho e abrigo imenso
dona do riso e do calor que, vindo de Deus,
abençoava com o amor maior e intenso.
Querida, impossível não ser tão querida
quando os teus cantos e orações
juntavam-se com as lágrimas de tuas devoções
às dores de cada membro teu, fruto do teu ventre
e nós - netos - da tua dádiva divina:
ser avó.

Amamos e assim surpresos com a sua ida
perdemos um tanto de paz, um tanto de vida...
Um abrigo e abraços do Paraíso.
É que chegou a hora, tu mereces agora
ser a criança do Pai, cuidada,
amada e acariciada com essas lágrimas
que nos inundam a face.

Nossas preces e saudade
nosso amor e nossa paixão

Amamos para sempre, na eternidade
de sermos jardim secreto do Eliseos
eu teu peito, eu teu coração. "

.pra minha avó :/

Um comentário:

  1. e somos movidos pela saudade,
    um medo grande da eternidade
    mas ela nos eterniza, sempre ficará guardada
    dói, mas é lindo,
    assim como as suas palavras, fil

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