sábado, 8 de outubro de 2011

O Labirinto (parte I)


Enquanto os céus despencam sobre a terra amarga e infértil, portais de luz dum novo mundo elevam-se, hipnotizam. Lá no fantástico interior, unicamente lá haverá nova beleza e verdadeiro refúgio.

Bem vindo, anjo, ao Labirinto. E não olhe muito nos meus olhos.

Uma noite se confunde com um desejo, tal qual um sorriso a um mágico espetáculo. Unicórnios lepidópteros sobrevoam o caminho quadriculado – um mesmo lugar, um todo lugar. Há medo na sinfonia, mas acredite: à esquerda da luz, entre o casal de estrelas dançantes, ainda essa noite você será quebrado.


Tema quando reconheceres o passado, os últimos passos dados antes do portal, apenas. Aqui piano e balé são a redoma do teu deleite. Os olhos azuis, a pele morena dessas paredes pede: não me deixes, não corra. Perca-se num segundo. Deixe-me derrubar tua realidade. É belo, é extremamente belo quando o espelho é estilhaçado. Então a promessa é de manter isso aqui muito alto e vivo.


Feixes de carmim rodopiam ao vento, seguindo a aflição da liberdade. Tudo cai nos braços do vazio e glitter é o nome na nossa religião. Como se sente?

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